Os mortos do atentado sionista no Líbano no dia 17 de setembro nem haviam sido enterrados quando Israel explodiu, em novo ato terrorista, walkie-talkies em Beirute e outras regiões do país árabe. Nove pessoas morreram e 300 ficaram feridas, de acordo com o Ministério da Saúde do Líbano.
Uma das explosões perto de um funeral organizado pelo Hezbollah para os mortos no dia anterior. Aparelhos também explodiram em outras regiões do sul do País e da capital, Beirute.
Sistemas de energia solar de casas e aparelhos para biometria em Beirute também explodiram, de acordo com a agência de notícias estatal do Líbano.
Ainda não há informações sobre os mortos e feridos, mas é provável que civis tenham sido atingidos. No dia anterior, Israel matou uma menina de 8 anos com o atentado terrorista.
Israel não reivindicou a responsabilidade sobre o atentado. Evidências levantadas por monopólios de imprensa e pelo Hezbollah, contudo, apontam para o Estado sionista.
Quem está por trás?
O Hezbollah declarou que, após uma investigação minuciosa, concluiu que Israel tinha “inteira responsabilidade” pelo que classificou como “ação pecaminosa”.
Hoje (19/9), o jornal monopolista New York Times revelou que Israel interceptou o carregamento de pagers antes dos equipamentos chegarem ao Líbano e implantou explosivos nas baterias.
O Estados Unidos (EUA) nega ter tido participação no ataque. De acordo com informações veiculadas na imprensa, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, informou o Secretário de Defesa ianque, Lloyd Austin, momento antes do ataque, mas o aviso não foi “levado a sério”.
Armadilha por pouco não descoberta
Outras informações dão conta de que o Hezbollah quase descobriu a armadilha sionista. Israel acionou os dispositivos no dia 17/9 por medo de que o grupo anti-imperialista estivesse perto de desmontar o plano terrorista israelense, revelou o jornal Axios.
De acordo com um ex-oficial israelense “com conhecimento da operação” que conversou com o Axios, Israel pretendia explodir os pagers em caso de uma guerra total deflagrada com o grupo libanês, mas precisou adiantar a detonação.
Hezbollah sofreu um choque?
Logo após o ataque, o Hezbollah prometeu responder Israel e garantiu que as explosões não abalariam o apoio do grupo libanês ao povo palestino em Gaza.
Outros grupos anti-imperialistas da região, como o Hamas, na Palestina, e o Ansarallah, no Iêmen, expressaram solidariedade aos combatentes do Hezbollah e ao povo libanês.
O Hezbollah pode não ter esperado o golpe, mas dificilmente terá as operações abaladas pela explosão. Nem mesmo recuará nas ações. Para oanalista político israelense Avi Issacharoff “essa ação atribuída a Israel não levará o Hezbollah a parar sua atividade ofensiva contra os assentamentos do norte, mas à escalada”, conforme escreveu no jornal Ynet.
Israel condenado
Israel, por outro, saiu desmoralizado do novo crime. O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, condenou a explosão de objetos civis. “É muito importante que haja um controle eficaz dos objetos civis para não transformá-los em armas. Esta deveria ser uma regra para todos no mundo, que os governos deveriam ser capazes de aplicar”.
Já o internacionalmente conhecido ativista e pesquisador, Edward Snowden, descreveu o ataque como “indistinguível de terrorismo”. “O que Israel acabou de fazer é, por meio de *qualquer* método, imprudente. Eles explodiram um número incontável de pessoas que estavam dirigindo (ou seja, carros fora de controle), fazendo compras (seus filhos estão no carrinho de bebê, parados atrás dele na fila do caixa), etc. Indistinguível do terrorismo”.