O parlamento israelense aprovou um projeto que impede as operações da Agência da ONU para Refugiados Palestinos no Oriente Médio (UNRWA) no território ocupado pelo sionismo e, consequentemente, impacta as atividades da agência em Gaza e na Cisjordânia.
“Israel quer fazer isso há anos. Isso já foi confessado em mensagens vazadas para Jared Kushner (ex-Conselheiro Sênior do Presidente do EUA)”, diz o Editor do portal Palestine Chronicle e Conselheiro Editorial de AND, Ramzy Baroud, em vídeo publicado no site internacional.
Funções da UNRWA
A UNRWA foi fundada em 1949, depois da ocupação da Palestina por Israel e expulsão em massa de palestinos do território nacional.
Hoje, a agência, vinculada a autointitulada Organização das Nações Unidas (ONU), administra algumas escolas e outros serviços básicos no território palestino.
Funções que, sem o Estado de Israel, os palestinos fariam completamente por si só, através de seu Estado nacional, sem intermédio do organismo ligado à ONU.
‘Desejo coletivo de voltar para a casa’
“Israel está aproveitando do genocídio em Gaza para atingir alguns objetivos que planeja há anos”, defende Baroud. A guerra é, portanto, uma cobertura para planos mais profundos do sionismo. “[E o sionismo] conta com a ajuda dos Estados Unidos e de todos os outros parceiros ocidentais para investigar a UNRWA, desligar a UNRWA, bloquear fundos da UNRWA”.
“Eles querem sufocar os palestinos de todas as formas possíveis”, pontua Baroud. Para ele, é um plano que não vai dar certo, porque choca com a determinação intransigente do povo palestino de abandonar seu território.
“Os direitos dos palestinos e refugiados palestinos são defendidos pelo direito internacional. Mas os refugiados palestinos voltam à Palestina pelo seu próprio desejo coletivo de voltar para a casa”, defende ele. “E não há quantidade de leis do Knesset (parlamento israelense), de bombas ou de fogo de artilharia israelense que possa tirar isso de nós”.