Protesto em Okinawa contra presença de tropas ianques. Foto: Xinhua/Zhang Xiaoyu
No dia 15 de maio, milhares de massas protestaram na ilha de Okinawa, Japão, contra a presença de tropas ianques em seu território. O dia 15 de maio marca o fim do domínio oficial do imperialismo ianque sobre Okinawa e o retorno desta ao domínio japonês, em 1972. Neste ano, o acontecimento completou 50 anos.
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Em torno de 1.000 okinawanos ocuparam as ruas de Ginowan, cidade em Okinawa, contra a presença das tropas americanas em seu território. Atualmente, em torno de 30.000 soldados americanos, estacionados em 31 bases militares, ocupam a ilha. Essa ocupação representa em torno de 70% das tropas americanas presentes no Japão, enquanto Okinawa compõe 0,6% do território japonês
Os manifestantes carregaram placas anti-USA e exigiam a saída dos ianques da ilha. “Bases militares são ferramentas para matar pessoas”, declarou um manifestante ao monopólio de imprensa CGTN. A manifestação ocorreu dias antes da visita do ultrarreacionário Biden ao continente asiático, onde foi rechaçado duramente pelas massas japonesas e sul-coreanas.
USA é responsável por terror em Okinawa
A ilha de Okinawa é, historicamente, parte do território japonês. Em 1945, no fim da II Guerra Mundial, o USA saqueou a ilha e manteve controle sobre o território até 15 de maio de 1972, quando “devolveu” o território ao Japão. Por mais que tenha ocorrido a devolução formal, os ianques nunca tiraram suas tropas de Okinawa.
Desde a ocupação ianque na II Guerra Mundial até hoje, as tropas do Estados Unidos foram responsáveis por desencadear um verdadeiro terror contra a população de Okinawa. Em 1995, mobilizações massivas tomaram parte na ilha após ir a público um caso de estupro de uma menina de 12 anos por três militares ianques. Entre 2015 e 2020, 69 fuzileiros navais ianques foram condenados em Okinawa por ofensas sexuais a menores, posse e distribuição de imagens de abuso sexual de crianças, além de tentativa de agressão sexual a uma menor. Todos estes crimes somam-se à uma lista de em torno de 4.700 brutalidades cometidas por militares do USA contra o povo de Okinawa. Dentre os crimes sanguinários estão outros casos de estupro, assassinatos, roubos, “acidentes” envolvendo veículos e armamentos ianques que levaram a morte de centenas de okinawanos e espancamentos, todos eles vítimas da mais justa fúria dos residentes de Okinawa, que lutam incansavelmente pela expulsão dos ianques de sua terra.