Jornal Mural, imprensa democrática, é lançado no México

Jornal Mural, imprensa democrática, é lançado no México

Um novo jornal da imprensa popular e democrática foi lançado no México, tendo sua primeira edição impressa publicada no mês de maio de 2020. O veículo tem um nome criativo e que expressa seu caráter de massas: jornal Mural (“Periódico Mural”, em espanhol). Em seu portal, os jornalistas democráticos do povo descrevem o jornal como parte e a serviço “dos trabalhadores e dos povos em sua luta pela libertação da exploração e da opressão”.

De acordo com o jornal, seu trabalho consiste em ser um agitador, um educador, um organizador e um tribuna coletivos, capaz de responder às necessidades informativas, comunicativas, de denúncia e de difusão das lutas de classe das massas populares, unificando-as em uma grande torrente revolucionária.

O objetivo do jornal é tornar-se uma imprensa de caráter nacional para todo o México, abrindo suas páginas, mídias digitais, assim como “os muros e espaços públicos para as críticas mais enérgicas das massas populares contra o velho e podre Estado de grandes burgueses e latifundiários”.

“É preciso desafiar o caminho burocrático imposto pelas classes parasitárias. Devemos construir passo a passo o caminho democrático que representa a aliança estratégica do proletariado e do campesinato pobre à frente de todo o povo trabalhador”, afirma o jornal.

O jornal Mural leva esse nome por duas expressões do proletariado: o muralismo e o dazibao. O muralismo, expressão plástica da arte popular que contém uma posição política, foi levado ao seu mais alto desenvolvimento por David Alfaro Siqueiros, o expoente máximo desta corrente a nível internacional, estabelecendo suas bases teóricas e técnicas, rompendo com a tradição e a concepção burguesa da arte individualista, “da arte pela arte” e da arte “acima das classes sociais”, chamando os trabalhadores da arte e da cultura a se organizarem, colocando seus conhecimentos a serviço do povo em sua luta pela libertação, ligando teoria e prática, ideologia e estética, tomando uma posição pela revolução que as massas exigem.

O dazibao (mural do povo baseado em grafite e ideogramas) foi por longa data uma forma de comunicação utilizada pelas massas chinesas, convertida pelo Presidente Mao Tsetung e pelo Partido Comunista da China em forma de propaganda política e de denúncia, uma espécie de “imprensa” a céu aberto. Sua difusão foi particularmente extraordinária durante a Grande Revolução Cultural Proletária, iniciada em 1966.

O jornal Mural afirma que o muralismo e o dazibao são duas grandes manifestações do movimento popular, revolucionário por natureza, em meio à nova era de revoluções proletárias e de libertação nacional que estão sendo desenvolvidas pelas classes revolucionárias e pelos povos oprimidos.

Eles concluem o texto afirmando que o jornal Mural faz dessas suas experiências, e junto com a concepção leninista da imprensa revolucionária, “abre suas portas para este exercício que tem um porto fixo: a Revolução da Nova Democracia e o Socialismo no México, como parte das tarefas da Revolução Proletária Mundial”.

Desde o AND, lançamos nossas mais calorosas saudações, desejamos todo o êxito aos companheiros que dedicam-se a essa empreitada, que já é vitoriosa.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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