Manifestantes denunciam assassinato de jovem senegalês pela PM em São Paulo; UV-LJR lança nota em condenação ao assasinato

Em nota, a Unidade Vermelha - Liga da Juventude Revolucionária condenou o que chamou de guerra reacionária contra os pobres do país.
Paulo Pinto/Agência Brasil

Manifestantes denunciam assassinato de jovem senegalês pela PM em São Paulo; UV-LJR lança nota em condenação ao assasinato

Em nota, a Unidade Vermelha - Liga da Juventude Revolucionária condenou o que chamou de guerra reacionária contra os pobres do país.

Manifestantes se reuniram na Praça da República, centro de São Paulo nesta segunda-feira (14/4) exigindo justiça pelo brutal assassinato do jovem trabalhador senegalês de 34 anos Ngange Mbaye pelas mãos da Polícia Militar na última sexta-feira (11/4). 

Os manifestantes denunciaram ativamente a política de genocídio imposta aos pobres, principalmente pretos, pelo velho Estado brasileiro, que tem hoje no governo estadual de Tarcísio de Freitas uma das suas faces mais cruéis. Durante o ato, um homem vestindo um casaco com a bandeira de Israel e o microfone do monopólio de imprensa Record chegou a tentar se infiltrar no ato e foi prontamente expulso pelas massas revoltadas. As imagens são do Jornal Correria

O jovem senegalês estava almoçando na região do Brás quando avistou uma colega trabalhadora sendo brutalmente agredida pelas hordas da PM que procuravam roubar seus produtos. Solidário com a trabalhadora, Ngange Mbaye se colocou à frente dos militares, que em sequência o agrediram. Exercendo seu direito de autodefesa, o jovem chegou a pegar uma barra de ferro, sendo, em sequência, covardemente alvejado pelos PMs que, mesmo em vantagem numérica, não conseguiram deter o vigor de sua solidariedade.

Na ocasião, as massas enfurecidas por justiça se concentraram no Brás para uma pronta resposta ao crime cometido pela polícia. 

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Encurralados pela fúria das massas, os policiais levantaram a pistola e o spray de pimenta e tentavam deter as pessoas. Os moradores expressaram sua revolta gritando para que se destroçasse e incendiasse a viatura.
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Em nota, a Unidade Vermelha – Liga da Juventude Revolucionária (UV-LJR), denunciou ativamente a política de massacres contra os filhos do povo, intensificados desde que Tarcísio e seu secretário de “segurança” Guilherme Derrite com a “Operação Verão”, que deixou um rastro de ao menos 56 civis assassinados pela polícia. 

“A extrema-direita fala dia e noite em “endurecer as leis”, Tarcísio e Derrite esses tempos ficaram choramingando para o monopólio de imprensa a mentirosa tese de que a “polícia prende e a justiça solta” (isso pode ser desmentido facilmente pelos números que comprovam uma política de encarceramento em massa), mas para o povo pobre e trabalhador nem sequer existe lei, a polícia mata primeiro e pergunta depois. Para completar a covardia, a polícia militar reprimiu brutalmente a justa revolta dos trabalhadores do Brás contra o assassinato e prendeu trabalhadores por horas sem qualquer tipo de justificativa do motivo da prisão.”, afirmou a UV-LJR

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A origem do ritual de uma cruz na KKK deriva do livro “The Clansman: Um romance histórico da Ku Klux Klan” (1905), escrito pelo ministro norte-americano Thomas Dixon. Depois, o ato ganhou as telas no filme racista O Nascimento de uma Nação (1915).
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Esse não foi o primeiro caso de um jovem africano morto pelas forças de segurança”. Em janeiro de 2022, o jovem congolês Moise Kabagambe foi violentamente assassinado por “seguranças” de um quiosque, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Em 2024, o também senegalês foi macabramente assassinado ao ser lançado do sexto andar durante uma operação da PM. 

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No microfone, foi narrado o medo e a violência que sofrem diariamente, além de denúncias sobre a falta de políticas públicas por parte das instituições do velho Estado
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Na noite da última terça-feira (15/4), o 9° Batalhão de Ações Especiais (BAEP), de São José do Rio Preto, decidiu deixar as bravatas de lado e publicar em suas redes sociais a patética cena de seus soldados se divertindo enquanto encenam uma saudação nazista, rodeados de viaturas, apontando para uma cruz em chamas, símbolo da organização terrorista, racista e antissemita, Klu Klux Klan. As imagens deixam claro que o morticínio da juventude pobre e preta não é oriunda do acaso, mas sim de uma política abertamente direcionada para atacar cada direito das camadas populares.

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