O Judiciário do Amazonas liberou no dia 3 de maio um PM preso no dia 01/04 por porte de duas metralhadoras de guerra de uso exclusivo do Exército e muito usadas por grupos paramilitares que atuam no estado.
As armas eram duas metralhadoras antiaéreas Browning M1919 A4/16 de calibre .30. Elas estavam no carro do elemento, que foi abordado na Avenida Cosme Ferreira, na zona leste da capital amazonense.
O Ministério Público do Amazonas destacou que o PM poderia estar ligado a grupos paramilitares. A conclusão é bem provável, visto que são as classes dominantes e as Forças Armadas que sustentam o tráfico de drogas no país. Esse ano mesmo, investigações levaram à prisão do maior traficante de armas do Brasil, o policial federal aposentado Josias João do Nascimento, no Rio de Janeiro.
Especificamente em Manaus, na semana passada, o soldado da PM Alcimar Fernandes de Almeida foi preso na zona sul de Manaus por vender armas desviadas da PM. Ele foi encontrado com 3 armas PT 940 com brasões da PM e munições de vários calibres. No dia 6 de fevereiro, três militares da Força Aérea Brasileira foram presos por tráfico de drogas em aviões da corporação.
Mesmo assim, o Judiciário decidiu livrar o PM alegando que o crime de porte de arma de fogo de uso restrito não comporta o cumprimento de pena em regime fechado. Essa interpretação, contudo, não parece valer nas periferias do País, onde a mesma PM que trafica armas executa milhares de jovens e, depois, forja as mortes como “legítima defesa” ao plantar armamentos e drogas. Em 2024, a PM matou 6,1 mil pessoas no Brasil.