Julgamento por corrupção – Procurador do Estado se opõe à solicitação de Netanyahu para adiar o depoimento

A Procuradoria do Estado transmitiu ao Tribunal Distrital de Jerusalém que se opõe ao pedido de adiamento de Netanyahu.
Foto: Palestine Chronicle

Julgamento por corrupção – Procurador do Estado se opõe à solicitação de Netanyahu para adiar o depoimento

A Procuradoria do Estado transmitiu ao Tribunal Distrital de Jerusalém que se opõe ao pedido de adiamento de Netanyahu.

Reproduzimos matéria do portal Palestine Chronicle

O Ministério Público de Israel se opôs a um pedido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para adiar seu depoimento em seu julgamento por corrupção, informou a mídia israelense na terça-feira.

O primeiro-ministro pediu ao tribunal na segunda-feira para adiar seu depoimento por aproximadamente 80 dias, citando seu foco atual na guerra em Gaza e no Líbano.

No entanto, a Procuradoria Geral do Estado comunicou ao Tribunal Distrital de Jerusalém que se opõe ao pedido de adiamento de Netanyahu. Argumentou que o tribunal já havia lhe dado tempo suficiente para se preparar para o depoimento.

Conforme observado pelo jornal israelense Haaretz, o tribunal deverá analisar o pedido de Netanyahu e tomar uma decisão na quarta-feira.

Netanyahu está agendado para depor no tribunal em 2 de dezembro. O julgamento por corrupção de Netanyahu começou em 24 de maio de 2020.

De acordo com a lei israelense, Netanyahu não é obrigado a deixar seu cargo durante o julgamento, a menos que seja condenado pela Suprema Corte, o que pode levar vários meses para chegar a uma decisão final.

O julgamento de Netanyahu

As acusações contra Netanyahu não têm precedentes para um primeiro-ministro israelense em exercício e envolvem alegações de suborno, fraude e quebra de confiança.

O julgamento inclui três casos principais, geralmente mencionados pelos números de seus processos policiais: Casos 1000, 2000 e 4000. Cada caso alega que Netanyahu usou seu poder para garantir ganhos pessoais e políticos em troca de benefícios para figuras influentes do mundo dos negócios.

O primeiro, Caso 1000, alega que Netanyahu recebeu presentes luxuosos, incluindo charutos, champanhe e joias, de benfeitores ricos, como o produtor de Hollywood Arnon Milchan e o bilionário australiano James Packer.

Os promotores argumentam que esses presentes, avaliados em centenas de milhares de dólares, não eram apenas sinais de amizade, mas vinham com a expectativa de favores políticos em troca.

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