Seguindo o mesmo receituário de sempre, a farsa eleitoral de 2024 obteve já milhões de reais em financiamento por setores do latifúndio e da grande burguesia. O maior doador até o momento, Rubens Ometto, está diretamente ligado ao latifúndio.
O bilionário, que tem figurado no topo do ranking de “doadores” pela quarta edição consecutiva da farsa eleitoral, é proprietário do grupo Cosan, que controla 318 mil hectares de terras no Brasil, avaliados em aproximadamente R$ 14 bilhões. O grupo monopolista também produz, através de suas subsidiárias, etanol, óleos lubrificantes, açúcar, entre outros produtos — o que demonstra a ligação umbilical entre grande burguesia e latifúndio.
Segundo o monopólio de imprensa, Rubens Ometto já doou até o momento cerca de R$ 17 milhões para mais de 160 candidatos de 15 partidos distintos. O PSD foi o que mais recebeu doações e, em segundo lugar, o PT.
No Nordeste, quem mais recebeu doações foi Fátima Rezende (MDB), candidata à prefeita em Pilar-AL, município referência na produção e escoamento de óleo e gás natural e que conta com centenas de empresas ligadas ao latifúndio.
Na lista dos dez maiores doadores da farsa eleitoral de 2024, a maioria está diretamente associada ao latifúndio. Nesta, aparecem nomes como José Ricardo Rezek (Grupo RZK, holding com atuação no “agronegócio” e no mercado imobiliário), Odílio Balbinotti Filho (Grupo Atto Sementes, produção e comercialização de sementes de soja e milheto), entre outros.
Mas há representantes para todos os gostos e setores das classes dominantes, como Ricardo Annes Guimarães, vice-presidente do Conselho de Administração do Banco BMG, que já doou mais de R$ 900 mil para 12 beneficiários, entre partidos e candidatos.
O financiamento de campanha por parte de empresas está proibido desde 2016, proibição esta que não passa de medida cosmética, pois os grupos econômicos agora doam através de pessoas físicas, mantendo em pleno funcionamento velhos mecanismos da democracia burguesa-latifundiária: financiamento e controle indiscriminado sobre todos os partidos da velha ordem.
Estes que, maior a quantia que recebem, maior também sua prontidão em atender aos interesses políticos e econômicos do latifúndio e da grande burguesia.