A Liga dos Camponeses Pobres emitiu um comunicado que exige a Punição aos assassinos do camponês Cleomar Rodrigues de Almeida, assassinado no dia 22 de outubro de 2024. O panfleto foi lançado um dia antes do julgamento dos suspeitos de assassinato do dirigente camponês, Marcos Gusmão e Marco Aurélio. Segundo a LCP, eles mataram Cleomar a mando de latifundiários de Pedras de Maria da Cruz e Norte de Minas Gerais.
No panfleto, o movimento diz que “(os latifundiários) estavam desesperados com o crescimento da luta pela terra e com a forte atuação da Liga dos Camponeses Pobres, e o companheiro Cleomar representava a ameaça da união dos camponeses, indígenas, quilombolas e ribeirinhos para conquistar a terra e destruir o latifúndio.”
A LCP denuncia que a investigação policial é de fachada, e que os inquéritos nunca tocaram nos latifundiários da região. O movimento camponês também denunciou que um investigador da polícia civil da região, Danilo Oliveira, ameaçou Cleomar de morte várias vezes, mas nunca foi investigado.
“Não temos nenhuma ilusão que esse velho Estado que assassina os lutadores do povo fará qualquer justiça. Essa só pode se dar com o avanço da revolução agrária pela destruição do latifúndio.”, diz o panfleto.
No panfleto, a LCP também faz um histórico dos 18 anos de resistência camponesa na Área Revolucionária Cleomar Rodrigues. “Há 18 anos se iniciava a saga das famílias camponesas que hoje vivem na Área Revolucionária Cleomar Rodrigues. No ano de 2007, com apoio da Liga dos Camponeses Pobres, foi ocupada a fazenda Palmeirinha na cidade de Pedras de Maria da Cruz. Após vários enfrentamentos de seguidos despejos, onde as famílias tiveram seus barracos e pertences queimados, três acampamentos camponeses “Irmãos Coragem”, “Com Deus Venceremos” e “Unidos Venceremos”, resolveram se unir e enfrentar as ameaças do latifúndio com uma nova tomada, que veio a se conformar no
Acampamento Unidos com Deus Venceremos e passou a ser coordenado pelo companheiro Cleomar Rodrigues que iniciava sua militância na luta pela terra.”, diz o comunicado.
“Em 2016, parte das terras da fazenda Pedras de São João foram retomadas, cortadas e entregues os lotes para todas as famílias que participaram da luta e em homenagem ao companheiro Cleomar, a nova área, recebeu o seu nome, Área Revolucionária Cleomar Rodrigues, mantendo o nome da Vila Unidos com Deus Venceremos. Desde então e mesmo com ameaças constantes, essas terras são trabalhadas pelos camponeses que produzem e sustentam suas famílias. O companheiro Cleomar derramou seu sangue para que isso ocorresse e sua memória é viva na disposição de luta que assombra os latifundiários.”
O panfleto conclui com importantes chamados à luta, ressaltando o legado de Cleomar Rodrigues. “Em 2016, parte das terras da fazenda Pedras de São João foram retomadas, cortadas e entregues os lotes para todas as famílias que participaram da luta e em homenagem ao companheiro Cleomar, a nova área, recebeu o seu nome, Área Revolucionária Cleomar Rodrigues, mantendo o nome da Vila Unidos com Deus Venceremos. Desde então e mesmo com ameaças constantes, essas terras são trabalhadas pelos camponeses que produzem e sustentam suas famílias. O companheiro Cleomar derramou seu sangue para que isso ocorresse e sua memória é viva na disposição de luta que assombra os latifundiários.”
“Em 2016, parte das terras da fazenda Pedras de São João foram retomadas, cortadas e entregues os lotes para todas as famílias que participaram da luta e em homenagem ao companheiro Cleomar, a nova área, recebeu o seu nome, Área Revolucionária Cleomar Rodrigues, mantendo o nome da Vila Unidos com Deus Venceremos. Desde então e mesmo com ameaças constantes, essas terras são trabalhadas pelos camponeses que produzem e sustentam suas famílias. O companheiro Cleomar derramou seu sangue para que isso ocorresse e sua memória é viva na disposição de luta que assombra os latifundiários.”
O panfleto pode ser lido na íntegra abaixo.
