Em uma postagem recente em suas redes sociais, a jornalista internacionalista e intelectual, Lucia Helena Issa, expressou sua indignação após o YouTube remover todos os vídeos do A Nova Democracia, incluindo uma entrevista concedida por ela ao canal da tribuna.
No depoimento, Lucia detalhou o genocídio sofrido pelo povo palestino e destacava o trabalho de conscientização sobre a situação da Palestina, tema que tem sido uma constante em sua trajetória.
Em sua publicação, a escritora condenou profundamente a exclusão do conteúdo, que, segundo ela, foi retirado da plataforma por conta da influência de interesses ligados ao sionismo. “Fiquei arrasada com o depoimento de meus amigos do AND. Uma das centenas de entrevistas que dei em todo o Brasil sobre meu trabalho, para dar voz aos palestinos, foram para o canal de A Nova Democracia, e esta foi uma das entrevistas em que pude falar claramente – e sem muitas metáforas – sobre o genocídio sofrido pelo povo palestino”, escreveu Lucia Helena.
Ela também fez um apelo à persistência na luta pela Palestina e por um mundo mais justo, reforçando a necessidade de continuar a mobilização pela libertação do povo palestino, apesar das adversidades. “Hoje recebo a notícia de que tudo aquilo foi removido pelo YouTube, uma plataforma controlada pelo sionismo. Todavia, não percamos a esperança e o desejo de lutar em uníssono pela libertação da Palestina e por um mundo mais justo”, completou.
Lucia Helena Issa é jornalista, escritora e embaixadora da paz por uma organização Internacional. Recebeu vários prêmios pelo seu trabalho nos campos de refugiados palestinos, entre eles, o Estrella del Sur, no Uruguai, e a medalha Marielle Franco, em Salvador. Atualmente, é colunista do Monitor do Oriente, e está terminando um livro sobre as mulheres palestinas.
Lucia Helena Issa se soma a muitas outras entidades palestinas e anti-imperialistas, órgãos de imprensa democráticos e revolucionários no País ou no estrangeiro, personalidades e proeminentes figuras democráticas, que se solidarizam com o AND.
Entenda o que ocorreu
O canal do jornal A Nova Democracia, que realizava diariamente o Plantão Palestina, foi acusado de “publicar no Youtube conteúdo que apoie, promova ou ajude organizações criminosas ou extremistas violentas”.
O AND, em matéria publicada denunciando a censura de seu canal, afirmou sobre o ocorrido: “Para a Redação de AND, só é possível supôr que o Youtube considere a histórica cobertura de nossa tribuna sobre a guerra camponesa revolucionária travada nos rincões do Brasil, na qual os camponeses, indígenas e quilombolas enfrentam com audácia os crimes dos bandos paramilitares do latifúndio (como na cobertura da luta camponesa nos Acampamentos Manoel Ribeiro e Tiago Campin dos Santos, em 2021 e 2022, ou da luta dos Guarani-Kaiowá em Douradina, em 2024) como uma violação das diretrizes reacionárias; ou, da mesma forma, que a plataforma considere como violação das diretrizes sionistas a cobertura, por AND, da guerra de libertação nacional do povo palestino, cobertura que sempre contou com a transmissão de vídeos da Resistência Nacional Palestina, em que os guerrilheiros árabes varrem a ocupação sionista de seus territórios com ousadas ações militares.”.