Luiz Inácio aprovou a Reforma Tributária em troca de aprovação do Marco Temporal, entregando povos indígenas ao massacre

No dia 8 de novembro, o Senado aprovou por 53 votos contra 24 a Reforma Tributária. O líder governista no Senado, Jaques Wagner (PT), disse que Luiz Inácio concordou que, em troca do voto do “Centrão” ao projeto, se votasse no mais breve a derrubada dos vetos presidenciais ao Marco Temporal.

Luiz Inácio aprovou a Reforma Tributária em troca de aprovação do Marco Temporal, entregando povos indígenas ao massacre

No dia 8 de novembro, o Senado aprovou por 53 votos contra 24 a Reforma Tributária. O líder governista no Senado, Jaques Wagner (PT), disse que Luiz Inácio concordou que, em troca do voto do “Centrão” ao projeto, se votasse no mais breve a derrubada dos vetos presidenciais ao Marco Temporal.

No dia 8 de novembro, o Senado aprovou por 53 votos contra 24 a Reforma Tributária. O líder governista no Senado, Jaques Wagner (PT), disse que Luiz Inácio concordou que, em troca do voto do “Centrão” ao projeto, se votasse no mais breve a derrubada dos vetos presidenciais ao Marco Temporal. Dessa forma, o governo federal já dá como certo que o Parlamento aprovará o Marco Temporal sem nenhum veto, em flagrante desrespeito aos direitos dos povos indígenas. No início da semana, Luiz Inácio falou semana que “é direito meu vetar, e direito do Parlamento derrubar o veto”.

Leia também: ‘Reforma’ tributária atende os interesses centrais das classes dominantes

O Marco Temporal, apesar de ter sido rejeitado pelo STF em setembro, foi retomado pelo Parlamento na mesma semana. Após ser aprovado, Luiz Inácio derrubou os vetos. Agora, porém, no sentido contrário do esperado, Lula nada faz para impedir que o ataque aos indígenas se consuma. Pelo contrário, apenas conta com uma possível ação do STF derrubando a medida.

Ocorre que o STF já deu provas de que vai garantir não a demarcação, como é a reivindicação histórica dos povos indígenas, mas sim os interesses do latifúndio, a partir da indenização dos latifundiários e burocratização ad aeternum da demarcação estatal.

Das duas, ambas: Luiz Inácio está atuando com leniência na ofensiva latifundista que representa, de fato, um genocídio contra os povos indígenas. Além do que joga fichas para uma crise política maior, entre o Judiciário e o Legislativo. É só um o resultado: os povos indígenas seguirão sem ter o direito ao território garantido, restando-lhes somente a luta decidida para fazer a autodemarcação e se defender dos ataques das tropas paramilitares do latifúndio.

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