Luiz Inácio permite treinamento militar ianque na Amazônia

Aprofundando o domínio do imperialismo ianque em território brasileiro, Luiz Inácio autorizou a entrada de 294 militares ianques no país, para dar continuidade à Core, sigla em inglês para Exercício Combinado de Operação e Rotação, que faz parte de um programa de cooperação reacionária entre Brasil e imperialismo ianque até 2028.
Militares ianques embarcando para Macapá. Foto: Divulgação/CMN

Luiz Inácio permite treinamento militar ianque na Amazônia

Aprofundando o domínio do imperialismo ianque em território brasileiro, Luiz Inácio autorizou a entrada de 294 militares ianques no país, para dar continuidade à Core, sigla em inglês para Exercício Combinado de Operação e Rotação, que faz parte de um programa de cooperação reacionária entre Brasil e imperialismo ianque até 2028.

Aprofundando o domínio do imperialismo ianque em território brasileiro, Luiz Inácio autorizou a entrada de 294 militares ianques no país, para dar continuidade à Core, sigla em inglês para Exercício Combinado de Operação e Rotação, que faz parte de um programa de cooperação reacionária entre Brasil e imperialismo ianque até 2028.

O contingente brasileiro contará com 1,2 mil militares enquanto haverão 294 ianques. Além da autorização de entrada de militares ianques no país, Luiz Inácio autorizou a entrada de armamentos e outros equipamentos militares. A permissão de treinamentos militares ianques em território nacional, para além de constituir um flagrante ataque à soberania nacional, também é um sinal do grau de incremento da militarização interna do país e de preocupação do imperialismo ianque.

A operação será dividida em três fases e será realizada na Amazônia. A primeira fase ocorreu entre 2 e 4 de novembro, em Belém, no qual os militares ianques participaram do Estágio de Vida e Combate na Selva, aula que foi ministrada por militares do 2º Batalhão de Infantaria de Selva. A segunda fase ocorreu nesta segunda-feira, 6 de novembro, em Macapá, onde os militares participaram de uma cerimônia de formatura e de um painel que discute o ingresso de mulheres em carreiras militares. Na terceira e última fase, que ocorrerá entre 7 e 16 de novembro nos municípios de Ferreira Gomes, Oiapoque e Clevelândia do Norte, no Amapá, receberão os treinamentos de de assalto aeromóvel com helicópteros do Exército Brasileiro e operações em ambiente de selva. O encerramento do programa será em 16 de novembro, em Oiapoque, na Companhia Especial de Fronteira. 

A Core iniciou a partir do Acordo de Cooperação de Defesa entre Brasil e Estados Unidos estabelecido em 2015 pela então presidente Dilma Rousseff, e desde lá tem sido realizado anualmente em conjunto com as tropas imperialistas. A primeira edição da Operação aconteceu no Brasil em 2021, na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, região que em 2020 os militares reacionários brasileiros coordenaram a “Operação Mantiqueira”, que simulou combates contra-insurgentes e com profundo caráter anticomunista. A segunda edição ocorreu numa área de mata em Louisiana, no estado de Nova Orleans, nos USA, em 2022. Nos treinamentos, as tropas dos dois países compartilham experiências e trocam conhecimentos de doutrina, técnicas, táticas e procedimentos de defesa. 

A escolha da Amazônia para sediar a nova edição do Core 23 não é por acaso. A Amazônia tem concentrado, nos últimos anos, grande número de operações militares de treinamento e controle ianque, como a AmazonLog, ocorrida em 2017 e a Operação Amazônia em 2020, além de visitas da comandante do Comando Sul do Pentágono, a general Laura Richardson. A região também foi tensionada na fronteira com a Venezuela, pelo imperialismo ianque, durante o governo do ultrarreacionário Bolsonaro, em 2019. Além de tais operações, a região tem concentrado a agudização dos conflitos agrários e da militarização do campo, uma vez que a fronteira agrícola do “agronegócio” expande cada vez mais para o Norte do País.

O Exército reacionário brasileiro informou, através de nota, que o objetivo é “aumentar a capacidade operacional da tropa, manter os laços históricos entre os países e incrementar a integração e a cooperação entre os dois exércitos”. O que se escancara, através de tais programas e treinamentos, é a subordinação mais vexaminosa do velho Estado Brasileiro e de seu exército reacionário ao imperialismo ianque. 

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