A comunidade São Francisco, localizada no município de Barra do Corda, tem sido vítima de perseguição e homicídios por milícia armada. Entre os dias 10 e 11 de agosto, o Comitê de Solidariedade à Luta pela Terra (Comsolute), junto com a União das Comunidades em Luta (UCL), o Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP), as Brigadas Populares do Pará, a Unidade Classista e o Movimento das Comunidades Populares (MCP) participou da Missão de Solidariedade ao Povoado São Francisco. Além da presença de advogados, jornalistas, professores, agrônomos, estudantes e outros trabalhadores.
A Missão cumpre a tarefa de romper o cerco contra a comunidade São Francisco, que tem sido alvo de difamação pela imprensa local que faz vista grossa ao terror latifundiário promovido com a anuência do estado.
Em nota divulgado pelo Comsolute, os ativistas repercutiram a denúncia dos indígenas Kanela de que os mesmos grupos criminosos de grilagem de terras que atacaram os camponeses do Povoado São Francisco também estão invadindo as suas terras, inclusive colocando marcos no meio da floresta:
“Os indígenas têm resistido, montando uma nova aldeia na extremidade de seu território para impedir a continuidade da invasão e se colocaram dispostos a unir forças na luta contra os grileiros.” escreve a nota.
As formações de grupos paramilitares no campo são sempre destaques na imprensa maranhense, a última foi noticiada no dia 13/08 pelo monopólio de imprensa G1. De acordo com o portal, dois homens foram presos preventivamente, no dia 11/08, por suspeita de integrarem um grupo de pistolagem, não por acaso, em Barra do Corda.