Foto: Fóruns e Redes de Defesa da Cidadania do Maranhão
Um incêndio criminoso destruiu uma roça comunitária no município de Itapecuru-Mirim, no Maranhão, ainda no início deste mês de outubro, no dia 4. Segundo os camponeses, o ataque foi orquestrado pelo grileiro Raimundo Jonas da Silva, homem que tem ameaçado as famílias. Apenas na manhã seguinte o incêndio foi percebido pelos lavradores, quando uma grande cortina de fumaça foi avistada. O fato foi denunciado pelos trabalhadores no dia 8.
As famílias do povoado Cheiroso, que vêm sendo atacadas constantemente por grileiros, denunciam que já houveram diversas invasões e desmatamento de mais de 100 hectares de mata nativa. O grileiro acusado, afirmam os trabalhadores, faz visitas à comunidade acompanhado do delegado regional, da Polícia Civil e da Polícia Militar, em um verdadeiro conluio.
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As denúncias realizadas pelos camponeses seguem sendo ignoradas pelas “autoridades”. Segundo os Fóruns e Redes de Cidadania, a postura do velho Estado tem sido de omissão em relação às queixas. Dirigentes da comunidade foram ainda intimados e obrigados a prestar depoimento à polícia por conta da sua luta na região contra a grilagem de terras.
Fotos: Fóruns e Redes de Defesa da Cidadania do Maranhão
Os camponeses do movimento Fóruns e Redes de Cidadania afirmam que continuarão lutando diariamente para que a terra seja de quem nela vive e trabalha e prometem enfrentamento e resistência ao latifúndio e à grilagem das terras.
O ataque atingiu a área onde era preparada a terra para o plantio de arroz, milho, abóbora, maxixe, macaxeira, cuxá, melancia, melão, entre outros alimentos que garantiriam a alimentação anual.