Há pelo menos 10 dias, incêndios criminosos cercam a Terra Indígena Alto Turiaçu, nas imediações do município de Centro do Guilherme, e estima-se que os incêndios alcancem o município de Presidente Médici, na fronteira com o Pará.
Na TI, vivem os povos Ka’apor e Awá-Guajá, que neste momento se organizam e lutam para conter os incêndios com os poucos equipamentos que dispõem. Além das estradas precárias, a brigada de incêndio é inexistente no local.
Os incêndios têm origem nas fazendas que se encontram nos limites da terra indígena, e até agora já devastaram 25 mil hectares de florestas. Vários indígenas sofreram queimaduras durante o combate às chamas.
Até a intervenção tardia do Corpo de Bombeiros, a situação estava sendo enfrentada por apenas 15 brigadistas indígenas das etnias Ka’apor, Awá-Guajá, além da solidariedade dos guajajaras que vieram oferecer ajuda.