MA: Liderança camponesa sofre tentativa de assassinato por arma de fogo em conflito por terra na comunidade de Vergel em Codó

No dia 12/10, Antônio Francisco de Sousa Araújo, liderança da comunidade de Vergel, sofreu mais uma covarde tentativa de assassinato ao ter sua casa invadida por um homem armado. Os ataques e ameaças do latifúndio já ultrapassam mais de 30 anos no conflito por terra da região, tendo um histórico de cinco homicídios, além de queima de casas e roças dos camponeses.
Foto: Reprodução

MA: Liderança camponesa sofre tentativa de assassinato por arma de fogo em conflito por terra na comunidade de Vergel em Codó

No dia 12/10, Antônio Francisco de Sousa Araújo, liderança da comunidade de Vergel, sofreu mais uma covarde tentativa de assassinato ao ter sua casa invadida por um homem armado. Os ataques e ameaças do latifúndio já ultrapassam mais de 30 anos no conflito por terra da região, tendo um histórico de cinco homicídios, além de queima de casas e roças dos camponeses.

No último sábado, dia 12/10, Antônio Francisco de Sousa Araújo, conhecida liderança da comunidade de Vergel, no município de Codó, teve sua casa invadida por um homem armado em covarde tentativa de assassinato.

A vítima já vem sofrendo ameaças a mais de um ano e agora, segundo o Padre José Wasensteiner, vigário da Diocese de Coroatá, que acompanha a situação há 30 anos, informou ao canal das redes sociais do Rama (Rede de Agroecologia do Maranhão) que o atual cenário é grave e que as tentativas brutais de ataque da pistolagem ao Antônio Francisco colocam sua vida e de seus familiares em perigo.

Em agosto de 2023, o advogado Diogo Cabral também denunciou as primeiras ameaças sofridas pela liderança, esta que fez diversos apelos públicos a órgãos estaduais e federais na tentativa de impedir mais ataques. Em uma dessas tentativas, houve a solicitação da Igreja Católica para incluí-lo no Programa de Proteção de Defensores dos Direitos Humanos do Maranhão, que foi negado pelo Governo do Maranhão.

O conflito na comunidade Vergel perdura há aproximadamente 35 anos e, por conta dele, 5 pessoas da família de Antônio foram assassinadas, inclusive José Francisco de Sousa Araújo, seu irmão, assassinado em 11 de julho de 2021 e seu primo Antônio Isídio, em 2015. Além destes, outros lavradores e quilombolas também foram covardemente assassinados, a maioria nos últimos dez anos.

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