Mais de 10 imigrantes morreram e 44 desapareceram em dois naufrágios de barco que ocorreram na ilha de Lampedusa, no sul da Itália, na noite do dia 5 de julho. Desde o início do ano, quase dois mil imigrantes africanos já faleceram tentando atravessar do continente africano ao europeu pelo mar mediterrâneo, quase mil a mais que no ano passado.
Mais de 2 mil pessoas já estavam em Lampedusa após serem resgatadas nos últimos dias por conta de intempéries climáticas, a maioria de imigrantes. Um grupo de vinte imigrantes ainda se encontrava preso em um penhasco desde a noite do dia 11/08.
Sob governo assumidamente de extrema-direita e anti-imigrante, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni impôs uma medida que obriga os navios de resgate de migrantes a atracar em portos mais distantes que o de Lampedusa ou na Sicília. A medida aumenta as chances de naufrágio para os imigrantes, e foi colocado com esta exata intenção.
Crise do imperialismo e imigração
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Itália, 93,7 mil imigrantes já entraram no país via Mediterrâneo em 2023, mais que o dobro do número registrado no mesmo período do ano passado. O número de imigrantes aumenta proporcionalmente ao agravamento da rapina dos países imperialistas contra as nações africanas, especialmente durante tempos de crise aguda do imperialismo.
Enquanto os países imperialistas europeus dificultam a chegada dos imigrantes em território europeu às custas de suas mortes, e enchem as burras de países como Turquia e Tunísia de dinheiro para repressão e deportação de imigrantes em suas fronteiras, continuam sendo os principais responsáveis pelas crises, miséria e fome que assolam os países de terceiro mundo. Esses são os principais motivos para a imigração dessas milhares de pessoas.