Um grupo de jovens maoistas da Universidade de Pequim foi reprimido e perseguido pela polícia por organizar uma celebração pelos 125 anos do Presidente Mao Tsetung, no dia do seu natalício, 26 de dezembro.
O dirigente da Sociedade Marxista da universidade, Qiu Zhanxuan, foi abortado na manhã de 26/12 por policiais disfarçados, em uma estação de metrô, intimando-o a “responder algumas perguntas” sobre o evento que a Sociedade organizava para celebrar o natalício de Mao Tsetung. Qiu não cedeu à repressão e foi sequestrado, posto dentro de um carro e levado à delegacia, onde ficou detido por 24 horas. O seu celular foi roubado pelos agentes da repressão fascista.
A repressão ao grupo maoista da Universidade de Pequim e de outras regiões da China não é de hoje, mas se impulsionou sensivelmente com esse episódio.
Na primeira quinzena de novembro, estudantes e jovens maoistas das cidades de Pequim, Guangzhou, Shanghai, Shenzhen e Wuhan já haviam sido perseguidos. Um dos jovens da Universidade de Pequim, Zhang Shengye, foi – na ocasião – espancado por um grupo de homens, aparentemente agentes da repressão, que entraram no campus a sua procura e depois o arrastaram para dentro de um carro. Na ocasião, um outro estudante, Yu Tianfu, que presenciou o momento em que Shengye foi espancado e sequestrado, também foi vítima das agressões. “Eu gritei: ‘por que estão fazendo isso?’ e fui respondido com uma ameaça por parte de um dos agentes, que disse: ‘se você gritar de novo eu te bato mais ainda’.”, denunciou ele.
A perseguição aos grupos de estudantes e jovens marxistas deve-se ao seu engajamento na luta de classes, a favor das massas proletárias humilhadas, oprimidas e superexploradas pelo seu regime capitalista e social-imperialismo chinês, garantido pelo Estado revisionista e fascista chinês, encabeçado pelo revisionista Xi Jinping e por seu partido fascista.
Os jovens estudantes engajaram-se sobretudo na campanha em solidariedade aos operários da empresa Jasic Technology (indústria de braços mecânicos e solda eletrônica) de Shenzhen, província de Guangdong, no sul da China. Os operários exigiam melhores condições de trabalho, aumento salarial e o direito a organizar-se em um sindicato de modo independente, fora do regime corporativo imposto pelo Estado fascista chinês. Os operários, dentre os quais vários foram espancados pela repressão organizada pelo Estado fascista e pela própria indústria, contaram então com o apoio decidido dos grupos de jovens universitários maoistas.
Estado capitalista chinês acuado
A preocupação do Estado fascista chinês e do “Partido Comunista Chinês” revisionista é que estes jovens, ao estudarem o marxismo-leninismo-maoismo, possam, pouco a pouco, desmascarar o caráter capitalistas das políticas do Estado chinês e, por consequência, gerar condições para encontrar o caminho revolucionário de organizar as massas proletárias para a luta de classes, para derrotar a restauração capitalista e contrarrestaurar o socialismo.
Hoje, a economia social-imperialista chinesa, considerada o “grande motor” do crescimento econômico mundial pelo amplo mercado interno, sustenta-se na superexploração inaudita imposta ao proletariado chinês – uma longa e intensíssima jornada de trabalho em troca de um miserável salário, gerando uma enorme taxa de lucro máximo para os monopólios que ali se instalam, além dos próprios monopólios chineses.
Esse ambiente de superexploração, para sustentar-se de modo relativamente estável, é acompanhado de um regime corporativo e revisionista, que acopla as massas em organizações de diferentes níveis vinculadas e controladas diretamente pelo Estado capitalista chinês, juntamente com um discurso “comunista”, para o qual utilizam-se do grande prestígio e da moral revolucionária do Presidente Mao, chefe comunista e fundador do Partido Comunista da China e da República Popular da China – hoje em poder dos revisionistas, desde 1976, quando ocorreu o golpe de Estado encabeçado por Teng Siaoping.
A atuação de grupos maoistas é um risco para o regime fascista chinês, pois desmascara seu caráter de classe e aponta para a classe proletária o caminho trilhado pelo Presidente Mao e pelo verdadeiro Partido Comunista da China.
Estudante maoista da Universidade de Pequim, Zhang Shengye