Manifestantes protestam contra governo ianque em frente a lojas da Tesla pelo mundo inteiro

Nas lojas da Tesla no EUA, manifestantes ergueram cartazes com palavras como Abaixo a oligarquia!, Não compre fascismo e Nossos impostos pagam 8 milhões de dólares a Musk por dia. Os manifestantes também protestaram contra o presidente norte-americano, Donald Trump.
Manifestantes protestam em Chicago, EUA. Foto: Selina Guevara/NBC News

Manifestantes protestam contra governo ianque em frente a lojas da Tesla pelo mundo inteiro

Nas lojas da Tesla no EUA, manifestantes ergueram cartazes com palavras como Abaixo a oligarquia!, Não compre fascismo e Nossos impostos pagam 8 milhões de dólares a Musk por dia. Os manifestantes também protestaram contra o presidente norte-americano, Donald Trump.

Milhares de manifestantes do mundo inteiro protestam contra o governo norte-americano em frente a lojas da Tesla, empresa do magnata e chefe do “Departamento de Eficiência Governamental” norte-americano, Elon Musk, hoje (30/3). Os protestos ocorrem em frente a mais de 200 unidades da empresa, em países como Estados Unidos, Finlândia e Alemanha. Somente no estado norte-americano da Califórnia, protestos aconteceram em aproximadamente 50 lojas.

No EUA, manifestantes ergueram cartazes com palavras como Abaixo a oligarquia!, Não compre fascismo e Nossos impostos pagam 8 milhões de dólares a Musk por dia. Os manifestantes também protestaram contra o presidente ianque, Donald Trump.

Manifestantes protestam em frente a loja da Tesla. Foto: Selina Guevara/NBC News

Os protestos denunciam as posições reacionárias de Elon Musk, a perseguição aos direitos democráticos no Estados Unidos, a deportação em massa de imigrantes, a perseguição a manifestantes pró-Palestina e as demissões de servidores públicos coordenadas por Musk. 

As demissões foram uma das primeiras medidas do bilionário. Ele elaborou uma lista com o nome de milhares de funcionários federais norte-americanos que estariam “convidados” a se demitir. Juízes tentaram suspender a demissão à época, mas a tentativa foi atropelada pelo Executivo do país. 

Cerca de 80 mil funcionários foram demitidos através do “acordo” estabelecido com o governo e apenas 25.000 foram readmitidos. Furioso ao ser contrariado, o atual mandatário norte-americano, Donald Trump, ameaçou o judiciário e pediu a demissão de todos os juízes que comprometam a centralização do poder em suas mãos, acusando-os de traição nacional. 

Os protestos, que ocorrem pouco mais de dois meses da posse de Trump, expressam o nível de desmoralização do atual governo norte-americano e do próprio Estado imperialista ianque. Uma pesquisa do instituto YouGov divulgada essa semana mostrou que mais da metade dos estadunidenses (51%) reprovam o governo Trump, e somente 45% aprovam a gestão. É um rechaço significativo e muito rápido, e que aponta para um horizonte de instabilidade para os reacionários dos EUA.

Um ponto importante é que as manifestações ocorrem em um cenário de crescente ebulição social nos EUA. Protestos já estavam ocorrendo no país contra as deportações em massa de imigrantes e contra as perseguições de ativistas pró-Palestina. Essas ações têm escalado rapidamente: nos dias 17/3 e 18/3, carros da Tesla no EUA foram incendiados e baleados em ações de sabotagem – um fenômeno ainda não explicado em seus motivos, mas que provavelmente está relacionado às demonstrações de rechaço ao governo e às ações pró-Palestina no país. No último ano, grupos como o Palestine Action atacaram instalações de fábricas israelenses ou envolvidas no genocídio do povo palestino.

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O ataque direto às posses de Musk, figura central no governo trumpista, inclusive com ações de sabotagem armada, não são meros casos de “terrorismo doméstico”, como apontaram os dirigentes do Estado ianque. As crescentes manifestações são uma expressão e uma resposta direta das massas norte-americanas à crise sem precedentes do sistema imperialista, em especial ianque. A ocorrência dessas ações em pleno território norte-americano indica o nível de explosividade das massas e da situação revolucionária na atualidade. 

O avanço da reacionarização do Estado norte-americano, o ataque às liberdades democráticas, a continuação do genocídio palestino e o crescimento da crise econômica do sistema imperialista tendem a fazer as manifestações crescerem. Ainda mais que povo norte-americano é conhecido pela capacidade de gestar grandes revoltas e estremecer os reacionários: em 2020, durante os protestos multitudinários contra o genocídio do povo preto no EUA, escancarado com o assassinato de George Floyd, as massas estadunidenses inundaram as ruas do país, atacaram postos e instalações policiais e chegaram a forçar que o presidente ianque se escondesse em um bunker na Casa Branca, feito inédito até então. 

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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