Manifestantes ocupam Parlamento em Hong Kong

Manifestantes ocupam Parlamento em Hong Kong

Manifestantes tomas as ruas de Hong Kong em protesto contra projeto de lei. 01 de Junho de 2019. Foto: Kin Cheung/AP

Centenas de milhares de pessoas contrários ao regime fascista chinês e o governo local invadiram o parlamento de Hong Kong, no dia 1º de julho. Os manifestantes quebraram janelas, tomaram o plenário e picharam símbolos e emblemas do governo. Momentos antes da invasão, os manifestantes rodearam quartéis da polícia locais e buscaram interferir nos serviços públicos.

Manifestantes em Hong Kong invadiram prédio do Parlamento nesta segunda-feira (1º). Junho de 2019. — Foto: Tyrone Siu/Reuters

O estopim dos protestos foi o projeto de lei sobre extradições, que facilitaria o julgamento dos detidos em Hong Kong pelo sistema judiciário da potência imperialista China. O projeto impulsionou uma onda de protestos que denunciou não só a medida injusta, quanto vários aspectos do governo local.

Os protestos tornaram-se políticos, com as massas em geral temendo serem submetidas à dominação corporativa e fascista imperante na chamada China Continental, subordinada diretamente ao governo fascista chinês (fascismo instalado pós-1976, com a restauração capitalista de Teng Siaoping). Em Hong Kong, os trabalhadores são superexplorados em níveis extraordinariamente altos.

Aproveitando-se da insatisfação popular e do ambiente favorável, grupos pró-ocidente e liberais reacionários buscam influenciar os protestos para debilitar a China e estabelecer um regime independente, aos moldes ocidentais. Pequenas pandilhas levantaram, durante o massivo protesto, bandeiras de Hong Kong colonial, da época que a região era colônia da Inglaterra. Setores do imperialismo ianque provavelmente estão insuflando as massas com objetivo de pressionar a China em meio à guerra comercial.

A data de escolha para o protesto, por exemplo, não foi coincidência: dia 1º de julho completou-se o 22° aniversário da devolução do território de Hong Kong para a China.

As massas também exigem a renúncia de Carrie Lam, assim como a retirada das acusações contra as pessoas detidas nas manifestações das últimas semanas, e prometem continuar protestando pelos seus direitos.

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