Uma greve geral de dois dias foi convocada pelo Partido Comunista Maoista de Manipur ocorreu a partir do dia 16 de dezembro, na região de Imphal em Manipur, território ocupado hoje pela Índia. A mobilização contou com a participação de diversas organizações estudantis.
Setores do comércio, transporte e educação ficaram fechados, enquanto os órgãos do governo foram fortemente protegidos pelo aparato policial.
A greve foi convocada em defesa da cultura do país, que é rico em grupos étnicos e diversas línguas e está sob a ameaça das intervenções do velho Estado indiano, que vem destruindo vestígios culturais em Manipur com as ocupações militares em áreas de rebelião popular, além dos preceitos autoritários da religião hinduísta. Os trabalhadores também exigem a liberdade incondicional de 15 professores e estudantes que foram presos em 15 de setembro deste ano, durante um protesto.
A Índia mobilizou agentes da Força Policial da Reserva Central (FPRC) para as regiões de Moirangkhom, Singjamei e Yaiskul para cumprir ordem da Seção 144, emitida pelo judiciário, por um período de dois meses. A Seção é similar a aplicação da Garantia da Lei e da Ordem aqui no Brasil, tendo como seu foco conter a revolta popular, classificando-a como perturbação ou perigo. Dois policiais foram presos sob acusação de abandonar a repressão aos protestos.