Localizada a quase 600 quilômetros ao sul da capital Santiago, na região de Araucanía, província de Malleco, a comunidade Lof Rankilko se mobiliza. Cinco municípios planejam remeter o seu lixo para as terras ancestrais mapuches sem que o povo em questão tenha sido consultado, como manda a lei.
“É uma questão lógica: nós nos opomos à construção deste aterro aqui.”, afirma Rodrigo Curipán, werkén da comunidade (werkén é uma autoridade moral do povo mapuche). Os mapuches denunciam que a construção contaminará o solo e a água da comunidade.
Além de lutar na justiça, os mapuches mencionam que vão unir forças com outros grupos do campo e da cidade afetados pelo projeto e afirmam que, na hipótese de o aterro ser instalado, jamais permitirão o seu funcionamento.
Esse é um exemplo do tratamento dispensado pelo velho Estado chileno ao povo mapuche e ao seu justo direito à autodeterminação.