População russa celebrando no ano passado os então 100 anos da Grande Revolução Bolchevique
A tradicional marcha realizada há décadas pelo povo russo pelas ruas de São Petersburgo em memória à vitória gloriosa da Revolução Socialista alcançada em 25 de outubro de 1917 (7 de novembro no calendário gregoriano), foi arbitrariamente proibida de percorrer o trajeto original pela primeira vez desde o fim da União Soviética.
O trajeto habitualmente começa na Estação Finlândia, palco da chegada de Lenin do exílio, até o lendário Cruzador Aurora, peça chave em 1917 na insurreição dirigida pelos bolcheviques. No entanto, as autoridades do comitê de segurança da região determinaram a não realização do evento sem ao menos explicar os seus motivos, impondo locais alternativos isolados perifericamente ou em salões fechados, como o de Smolny, para que a celebração acontecesse.
Diversas manifestações contrárias à decisão foram realizadas pela Rússia, onde piquetes foram construídos junto da exibição de cartazes emblemáticos do Cruzador Aurora, convocando a população para a marcha, em desobediência à determinação.
Manifestantes exibem cartazes em repúdio à decisão de ‘autoridades’ russas
Cartaz traz chamado para a população desobedecer a determinação