Nos dias 25, 26 e 27 de março de 1922, nove delegados, representando 50 militantes de células comunistas, reuniram-se no congresso de fundação do Partido Comunista do Brasil – PCB. Desde então se passaram 89 anos de batalhas titânicas do proletariado e das massas oprimidas de nosso país. Nos dias atuais o povo brasileiro não dispõe de um autêntico partido revolucionário. Seus elementos mais avançados lutam por sua reconstituição como necessidade histórica para a condução da revolução, para a conquista de uma nova democracia, do socialismo, rumo ao comunismo.
Em celebração do aniversário da fundação do Partido Comunista do Brasil, publicamos trecho da obra de Josef Stálin, Os fundamentos do leninismo, em que o dirigente expõe sucintamente a essência do que é um partido revolucionário.
“O Partido tem que ser, antes de tudo, o destacamento de vanguarda da classe operária. O Partido tem que incorporar em suas fileiras a todos os melhores elementos da classe operária, assimilar sua experiência, seu espírito revolucionário, sua abnegação sem limites pela causa do proletariado. Mas para ser um verdadeiro destacamento de vanguarda, o Partido tem que estar aparelhado com uma teoria revolucionária, com o conhecimento das leis do movimento, com o conhecimento das leis da revolução. Sem isto, não terá forças bastantes para dirigir a luta do proletariado, para conduzi-lo atrás de si. O Partido não pode ser o verdadeiro Partido se se limita a registrar o que vive e o que pensa a massa da classe operária, se marcha a reboque do movimento espontâneo desta, se não sabe vencer a inércia e a indiferença política do movimento espontâneo, se não é capaz de elevar-se acima dos interesses momentâneos do proletariado, se não sabe elevar as massas ao nível dos interesses de classe do proletariado. O Partido tem que marchar à frente da classe operária, tem que ver mais longe que a classe operária, tem que conduzir atrás de si o proletariado e não marchar a reboque da espontaneidade. Os partidos da Segunda Internacional, que pregam o “seguidismo”, são os portadores da política burguesa, que condena o proletariado ao papel de um instrumento posto em mãos da burguesia. Só um Partido que se coloque no ponto de vista de destacamento de vanguarda da classe operária e seja capaz de elevar-se até o nível dos interesses de classe do proletariado, só um Partido assim é capaz de afastar a classe operária do caminho do tradeunionismo e fazer dela uma força política independente. O Partido é o dirigente político da classe operária.”