8º Congresso Nacional da CUT: O fim de um ciclo de traição do sindicalismo amarelo

8º Congresso Nacional da CUT: O fim de um ciclo de traição do sindicalismo amarelo

O último congresso nacional da CUT (Central Única dos Trabalhadores) realizado de 4 a 7 de junho/2003, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, encerra um ciclo de traição do sindicalismo amarelo no país e marca a sua atuação como principal sustentáculo e fornecedora de quadros do governo Lula-FMI.

Desde seu nascimento, a CUT tem o selo do oportunismo eleitoreiro. Na busca de criar uma identidade através da qual pudesse desenvolver seus ideólogos, já articulados no projeto Partido dos Trabalhadores (PT), adotaram um discurso ultra-radical, antipeleguista e antigetulista, no qual as greves de São Bernardo do Campo entravam como a inauguração de um sindicalismo “novinho em folha”. Pouco a pouco, passo a passo, esse discurso e sua prática foram transitando do radicalismo liberal para a colaboração de classes como doutrina.

Foto: arquivo

1978, ele já usava black tie

Agora está por demais evidente o sindicalismo de Estado que essa entidade vem praticando ao longo dos últimos 20 anos, como também as suas ligações íntimas com o imperialismo. É significativa a festa feita para o PT no congresso da entidade, as deferências à principal liderança da CUT, já ocupando a presidência da República, e aos sindicalistas licenciados, agora ministros de Estado, a ampla vitória das teses de interesse do governo no evento e a entusiástica participação das mais pernósticas representações do sindicalismo amarelo internacional: a Ciosl1 e a AFL-CIO2.

Coroando este ciclo de traição, agora 66 destacados antigos dirigentes da CUT ocupam altos cargos na gerência do estado burguês-latifundiário. Um é o presidente da República, nove são ministros, três são secretários de Estado e outros cinquenta e três ocupam postos-chave nos ministérios e no Palácio do Planalto. Isso sem falar nos diversos líderes da CUT que ocupam cargos federais nos estados, no Itamarati, nas empresas estatais e até na direção de conselhos de entidades de caráter nitidamente patronal, como o SESI (Serviço Social da Indústria) — caso de Jair Meneguelli, primeiro presidente da CUT. Já no podre parlamento burguês (Congresso Nacional, assembléias legislativas dos estados, câmaras municipais de vereadores) e prefeituras pululam centenas e centenas de ex-sindicalistas, alçados a esses cargos pelo trampolim da CUT. Do rol desses velhacos, destaca-se a triste figura do pelego Vicentinho, avalista, na época que presidiu a CUT, dos ataques aos direitos previdenciários dos trabalhadores executados por Cardoso, e que agora é um dos maiores defensores das chamadas reformas do governo Lula-FMI.

O Presidente da República, Luiz Inácio, foi figura de proa no 8º Congresso e recebido, segundo o boletim eletrônico da executiva nacional da CUT, “com muita tietagem pelos delegados, a grande maioria portando máquinas fotográficas e filmadoras.” Ele e mais quatro ministros de Estado, todos ex-dirigentes da central, saudaram os “companheiros”, defenderam as reformas e reafirmaram a mesma demagogia da campanha eleitoral: fazer o país voltar a crescer, gerar emprego e renda. As vaias de uma parcela dos delegados foram abafadas pela maioria dos participantes. A presença de Lula foi destacada pelo presidente nacional da CUT, João Felício, que encerrava o mandato: “É a primeira vez que recebemos a presença de um chefe de Estado em nosso congresso (…) Queremos que o governo dê certo (…)”

Pautado por discussões que interessavam de perto ao governo — “disputar a hegemonia visando a construção de uma nova sociedade”; “o papel da CUT frente ao governo Lula”; “o papel do Estado e políticas públicas”; “desenvolvimento, emprego e renda”; “políticas de emprego e renda e sistema público de emprego”; “reformas tributária e fiscal, previdenciária, agrária, sindical e trabalhista” -, os debates transcorreram no sentido da colaboração de classes e, ao final, foram aprovadas todas as propostas da “Articulação”, corrente hegemônica do PT comandada pelo presidente da República. O congresso respaldou a chamada reforma da Previdência, que ataca direitos dos trabalhadores, e foram rejeitadas bandeiras históricas, como o rompimento com o Fundo Monetário Internacional e a suspensão do pagamento da dívida externa.

O congresso contou com a participação de toda a “esquerda” eleitoreira — militantes do PT, PSB, PPS, PCdoB, PSTU, PCB, PCO3 e outras agrupações menores, todos interessados na disputa de cargos da central — e de uma numerosa delegação estrangeira, entre eles, o presidente da Ciosl, Guy Rhyder. A participação das bases da CUT no congresso foi praticamente nula, e a esmagadora maioria dos delegados era proveniente das cúpulas da extensa burocracia sindical muito bem paga, acumulada nos seus vinte anos de existência. Além do que, a exigência de estar quite com a mensalidade impediu a participação de mais de 50% dos sindicatos filiados. Critérios burocráticos e mecanismos a propósito impediram o debate e as discussões que com ligeireza eram intercaladas com bebidas e festas oferecidas todas as noites no “Arraiá da CUT”.

Foto: Radiobrás

Luiz Marinho, atual presidente da Cut, foi eleito graças a indicação direta de Luiz Inácio

A origem na Igreja e centrais sindicais européias

A criação da CUT consumou a divisão orgânica do movimento sindical brasileiro e obedeceu ao projeto político do PT. Em junho de 1980 — alguns dias após a formalização da criação do PT -, com a realização do seu 1º encontro nacional surge o chamado Entoes (Encontro Nacional dos Trabalhadores em Oposição à Estrutura Sindical), que mais tarde viria a chamar-se Anampos (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais). Nesse movimento está articulado o núcleo de sindicalistas que iriam formar a CUT em 1983.

A Igreja teve um peso decisivo nessas articulações, através de setores da Pastoral Operária, Pastoral da Terra e Comunidades Eclesiais de Base, fornecendo locais para reunião, todo tipo de infra-estrutura, recursos e quadros com a intervenção direta de ativistas e padres militantes no movimento operário. Marcada por arraigado anticomunismo, a Anampos — então braço sindical do PT, além da cobertura da igreja, principalmente a católica — foi financiada com vultosos recursos das centrais sindicais européias, que nunca deixaram de jorrar no caixa do PT. Vale recordar que foi posição entre as correntes políticas que à época se denominavam marxistas (com raríssimas exceções) atacar Luiz Inácio como pelego empurrado nas massas desde que ocorreram as primeiras greves no ABC. Mas, assim que Luiz Inácio aderiu à tese de se criar o “Partido dos Trabalhadores”, toda essa gente mudou o tom e se tornou sua adoradora.

Em artigo publicado na revista Democracia e Socialismo (nº 1) o economista Paulo de Tarso Venceslau, então membro de um diretório do PT em São Paulo, assume que essas centrais sindicais européias contribuíram com cerca de 400 mil dólares e que o fato foi amplamente divulgado pela imprensa na época e reconhecido publicamente pela Anampos.

A dispersão do movimento operário causada pelo golpe militar, a falta de uma orientação classista e combativa, e consequente predomínio do oportunismo de direita no seio do movimento sindical, totalmente atrelado ao Estado (como caracterizava o PT em suas origens), facilitou a implementação do projeto político desse partido. Assim, foi encontrado um terreno propício e um caminho relativamente fácil para que a frente de sindicalistas anticomunistas, guerrilheiros arrependidos, estudantes trotskistas, intelectuais da pequena-burguesia liberal e outros tantos renegados do marxismo e traidores financiados pela burguesia européia e pela Igreja pudessem progredir com seu projeto. Partidos políticos que inicialmente foram contra o projeto divisionista da CUT, caso do PCdoB e PCB, hoje já se encontram devidamente abrigados nos cargos da central e no governo.

Stanley Gacek, figura nebulosa e elo com o imperialismo

Desde a sua criação em 1983, a trajetória da CUT está muito ligada a uma figura emblemática do imperialismo ianque, Stanley Gacek, dirigente da AFL-CIO, organização que tem sido desde os primeiros dias da “guerra fria” uma verdadeira cobertura para atividades criminosas da CIA em várias partes do mundo — particularmente no Terceiro Mundo. Este senhor ocupa o cargo de diretor internacional adjunto da central sindical norte-americana para a América Latina. A primeira aparição pública de Gacek no Brasil, com a missão de aproximar os sindicalistas norte-americanos dos brasileiros, foi em 1981, quando foi levar solidariedade a Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, preso por organizar uma greve e processado sob a Lei de Segurança Nacional.

Em declarações à imprensa, “Stan”, como é chamado por Luiz Inácio e pelos amigos, revelou que em 1979 e 1980 acompanhava do USA o surgimento de um novo sindicalismo no Brasil, com negociações coletivas diretas envolvendo grandes transnacionais dos setores automobilístico e metalúrgico. “Pessoalmente, fiquei muito interessado. Em fevereiro de 1981 fiz parte de uma delegação internacional ao Brasil formada por metalúrgicos da indústria automobilística americana, um deputado e dois sindicalistas alemães.”

A não ser uma viagem rápida a Washington realizada por Lula no início de 1981 em companhia de Francisco Weffort e Maria Helena Moreira Alves, todas as demais viagens de Lula ao USA foram organizadas por Gacek, como ele ressalta: “Em 1982, ele (Lula) fez uma segunda viagem aos EUA. Essa eu ajudei a organizar. Em 1983, voltei ao Brasil para assistir ao congresso de fundação da CUT. Fui aprofundando nossas conexões com o PT e com o sindicalismo progressista no Brasil. O Lula fez uma terceira viagem a Washington em 1989, meses antes da primeira eleição presidencial da qual participou. E, depois, uma quarta, em 1994. Durante essas duas décadas, acho que fui todos os anos ao Brasil. Fiquei amigo de Lula.”

Sintomaticamente, no palanque da vitória petista de Lula na Avenida Paulista, no dia 28 de outubro do ano passado, estava lá Stanley Gacek. “Para o movimento sindical internacional, a eleição de Lula é importante porque agora temos ‘um de nós’ na presidência do maior país da América Latina e uma das maiores economias do mundo. Isso é empolgante”, exulta.

Nas duas viagens de Lula ao USA na condição de presidente eleito, não faltaram visitas à sede da AFL-CIO e jantares com Stanley Gacek. Desde fevereiro de 1969, quando assume um cargo na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo — passando por 1975, ano em que faz uma viagem ao Japão e várias outras à Europa e USA -, a trajetória de Lula é marcada por intensas relações com entidades sindicais de notórias ligações com os governos dos seus respectivos países. E se essas relações foram no interesse dos trabalhadores está bem explicado pelo retrocesso sistemático dos direitos trabalhistas nestes últimos anos.

Uma trajetória de acomodação e traição aos trabalhadores

Em sua fundação, a CUT, inegavelmente financiada pelo imperialismo, teve que assumir posições combativas para atrair seguidores, arrastar massas e ganhar força, marcando sua atuação por greves, lutas por reajustes salariais, defesa da “reforma agrária radical sob controle dos trabalhadores”, repúdio ao FMI e disputas acirradas pelo controle de sindicatos com os pelegos tradicionais.

Durante o governo Sarney radicaliza suas posições contra a proposta de pacto social feita pelo governo, caracterizando-se este momento como o período por excelência de sua projeção nacional e internacional. Em setembro de 1988, aprova o apoio a primeira candidatura de Luiz Inácio e inicia o gradual abrandamento do discurso e incrementação da burocratização da central, dificultando a participação dos delegados para os próximos congressos.

Durante o governo Collor fica mais explícita a política de colaboração de classes da CUT, com a prioridade da “negociação”, “concertação”, e as parcerias com a patronal, através da participação nas Câmaras Setoriais (mecanismo adotado pelo governo para defender os interesses dos setores monopolizados e prejudicar os trabalhadores).

A combativa greve de 32 dias dos petroleiros, no governo FHC, é desautorizada por Luiz Inácio e a central. Através de seu presidente Vicentinho, atua para isolá-la, pressionando os trabalhadores ao recuo sem conquista alguma. Aliado ao embate eleitoreiro, também ocorre a contemporização com a participação na reforma da Previdência do governo e a traição de aceitar a mudança do tempo de serviço pelo tempo de contribuição, entre outras. As medidas de flexibilização de direitos de Cardoso, banco de horas, terceirização e contrato temporário, tiveram acolhida nas discussões com a CUT e foram praticadas nos sindicatos a ela filiados.

Foto: Radiobrás

Stanley Gacek, dirigente da AFL-CiO

A reforma da Previdência, o PT e os Fundos de Pensão estrangeiros

No Congresso da CUT, o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Luiz Dulci — que foi militante da ex-organização trotskista MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado), igualmente ex-dirigente do Sindicato dos Professores da Rede Estadual de Minas Gerais, um dos fundadores da central e do PT — propôs investimentos de Fundos de Pensão no Brasil. No dia 5 de junho, durante o 8º congresso nacional da CUT, acompanhado do atual presidente do PT, José Genoíno, ele participou de reunião com representantes de mais de 60 organizações sindicais internacionais para discutir as possibilidades de investimento.

“Se as centrais sindicais querem contribuir para que um país como o Brasil se desenvolva — gerando emprego, renda e fazendo inclusão social -, uma das maneiras pode ser essa: influenciar os Fundos de Pensão dos quais fazem parte a investir mais no Brasil”, disse o ex-dirigente da CUT e atual ministro, acrescentando que “várias dessas centrais que estão aqui presentes têm um peso muito significativo nos Fundos de Pensão dos seus respectivos países.” Como exemplo, o ministro citou o Fundo norte-americano Calpers, segundo maior do mundo, que tem uma carteira de 130 bilhões de dólares em investimentos, sendo 8 bilhões investidos em mercados emergentes (fonte: InformaCUT — 6/6/2003). Faltou mesmo foi a presença do senhor Gushiken, atual Secretário de Comunicação da Presidência, ex-dirigente do Sindicato dos Bancários e da CUT, especialista em previdência privada que foi o principal consultor de Cardoso para os projetos de privatização da Previdência Social.

A reforma da Previdência chegou a ser a principal discussão do congresso, e a proposta do governo Luiz Inácio foi aprovada por grande margem de votos. Na proposta da CUT, respaldando a do governo, está a defesa da previdência complementar e a criação de entidades fechadas para gerir esses recursos.

É por demais evidente que as articulações de bastidores de Luiz Dulci e conversas de dirigentes da CUT e de Luiz Inácio com Stanley Gacek, AFL-CIO e Ciosl, visam a administração compartilhada da fabulosa soma de recursos que será gerada com a privatização da Previdência. Escusos interesses se escondem por trás do ataque aos direitos previdenciários dos servidores públicos. O descaramento é tão grande, que na página da internet do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC consta o seguinte: “Reforma da Previdência — ela mexe com sua vida. Para melhorar.” (!!!)

Luiz Inácio Marinho na CUT

Sem a menor cerimônia, o presidente Luiz Inácio indicou e garantiu a eleição de Luiz Marinho para presidente da entidade. Ele não havia sido indicado pelos delegados do congresso da CUT, nem mesmo surgiu de qualquer debate na base da articulação; foi mesmo uma indicação direta do Presidente da República4. Homem da sua confiança pessoal, Marinho notabilizou-se no ABC pelo bom relacionamento com as montadoras transnacionais, a defesa ardorosa da participação nas câmaras setoriais, flexibilização dos direitos trabalhistas, banco de horas, redução de salários e terceirização.

Em 1984, Marinho entra para o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC já no cargo de tesoureiro, função que exerce por seis anos; na gestão de 1990/93, foi secretário-geral; sucedeu Vicentinho na presidência, em 1993, até recentemente. Sua atuação à frente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC é marcada pelo bom e direto relacionamento com as matrizes das transnacionais instaladas no ABC. Sempre se dobrando às pressões das montadoras, Marinho fez várias viagens à Alemanha e USA, assinando acordos nocivos aos trabalhadores, encobertos por um discurso corporativo e de colaboração de classes.

Prova do relacionamento íntimo com as transnacionais é o apoio da Volkswagen, Ford, GM, Mercedes Benz e Scania ao Centro de Documentação e Memória do Sindicato (ABC de Luta — sic) e a todas atividades sociais do sindicato, além de entidades como o Cebrap5 e órgãos da social-democracia diretamente financiados pelo governo alemão, como a Fundação Friedrich Ebert (FES) e o Instituto Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico e Social (ILDES) — principais parceiros do sindicato. Toda essa colaboração de classes se traduz no arrocho salarial dos metalúrgicos do ABC e na terceirização aplicada em larga escala, além dos bancos de horas, negociação de férias, 13º salário, entre outras violações de direitos, e até implantação de controles (típicos da Gestapo nazista) de comissões de avaliação de desempenho, formadas por chefia e comissão de empresa para avaliar a produtividade dos trabalhadores e encaminhar demissões.

E Luiz Inácio Marinho está mostrando a que veio: uma de suas primeiras ações como presidente da CUT foi entregar ao governo um documento onde sua central, além de defender a reforma da Previdência, faz apologia sobre a suposta “ampliação de direitos” que as reformas trarão. Depois de se reunir com o ministro da Fazenda, Antonio Pallocci, saiu defendendo a tese de que seria possível a redução da taxa de juros através da aplicação de uma política de “inclusão bancária” na qual a maioria dos trabalhadores estaria com seus vencimentos atrelados aos bancos, com o “direito” de requerer empréstimos que seriam descontados diretamente da folha de pagamento. Isto é, os trabalhadores passariam a ser reféns dos bancos e sofreriam desconto antes mesmo de receber os salários. Agora Luiz Inácio Marinho está empenhado na árdua e nobre tarefa de articulações nas sabotagens da greve dos servidores federais, marcada para o dia 8 de julho.


1 Ciosl (Confederação Interamericana das Organizações dos Sindicatos Livres)-Já em 1949 financiada pelo USA como uma dissidência da Federação Sindical Mundial (FSM). A Ciosl é junção da AFL (American Federation of Labor Unions), TUC (Trades Union Congress) e CIO (Congress of Industrial Organizations). Seu braço (secretariado) para a América Latina é a Orit (Organização Regional Interamericana de Trabalhadores), fundada em 1951, ligada ao Iadesil (Instituto Americano de Desenvolvimento do Sindicalismo Livre), que administra cursos contra-revolucionários de “liderança” sindical. A CUT, a Força Sindical, a CGT (Confederação Geral dos Trabalhadores), etc., são filiadas à Ciosl.
Já a FSM, criada em Paris no ano de 1945, no I Congresso Mundial dos Sindicatos, chegou a ser a mais combativa organização sindical do mundo e congregou cerca de 190 milhões de membros. Praticamente seu último Congresso foi realizado em Pequim, em 1960, quando se tornou presa fácil do social-imperialismo russo.
2 AFL-CIO (American Federation of Labor — Congress of Industrial Organizations) — A AFL surge em 1955 e é a maior central sindical do USA, enquanto a CIO, outra central do mesmo país, é menos expressiva. Essa junção sindical jamais escondeu suas origens contra-revolucionárias e seu papel intervencionista.
3 PT, Partido dos Trabalhadores, presidido por José Genuíno Neto; PSB, Partido Socialista Brasileiro, dirigido por Miguel Arraes; PPS, Partido Popular Socialista, Roberto Freire; PcdoB, Partido Comunista do Brasil, José Renato Rabello; PSTU, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, trotskista, José Maria de Almeida; PCB, Partido Comunista Brasileiro, Ivan Teixeira; PCO, Partido da Causa Operária, trotskista, Rui Costa Pimenta.
4 Isto não é novidade; entre outros episódios idênticos pelos seus métodos, destaca-se o da decisão de filiação a Ciols — questão que encontrava enorme resistência na base da central. Luiz Inácio foi ao congresso e comandou pessoalmente o rolo compressor pela sua aprovação, através das manobras típicas do sindicalismo mafioso praticado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD e outros.
5 Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) — Fundado em 1969 por um grupo de intelectuais, afirma ter sido “perseguido pela ditadura”, porém, é patrocinado pela Fundação Ford.
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