O dia 9 de Abril é a data em que o dirigente da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) de Rondônia, Renato Nathan Gonçalves Pereira, foi covardemente assassinado pela ação combinada de forças policiais do velho Estado genocida e pistoleiros do latifúndio. Renato era um incansável lutador de nosso povo, organizador, mobilizador e conscientizador das massas camponesas, e empunhava a bandeira da Revolução Agrária, pelo fim do latifúndio, por uma Nova Democracia no Brasil.
Camponeses e camponesas compareceram à celebração do 9 de Abril
Por proposição da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP), movimentos populares, democráticos e revolucionários do campo e da cidade adotaram o 9 de Abril como o Dia dos Heróis do Povo Brasileiro. Nesta data são rendidas honras à memória e exemplo daqueles que dedicaram e entregaram suas vidas conscientemente, servindo ao povo e à luta pela Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.
Fotos de heróis do povo caídos na luta pela terra
Além de Renato Nathan, são exaltados os exemplos dos dirigentes camponeses Cleomar Rodrigues, Luiz Lopes, Enilson, Zé Bentão, Elcio, Gilson e tantos outros que verteram seu generoso sangue e entregaram com heroísmo suas vidas na luta. Os Heróis de nosso povo terão seus nomes gravados e honrados como aqueles que abriram caminho para um país livre do latifúndio, do capitalismo burocrático e da dominação imperialista.
Ato solene em Rondônia
No dia 09/04/2016, na Área Renato Nathan 2, em Ariquemes, Rondônia, foi realizado um ato solene em que tomaram parte camponeses de várias áreas e apoiadores.
Fogos de artifícios saudaram a memória dos mártires
Na atividade foram homenageados os heróis e heroínas do povo brasileiro, representados nas figuras de Valdiro Chagas, Enilson Ribeiro, Renato Nathan e Cleomar Rodrigues. Representando a participação das crianças e das mulheres na luta revolucionária, foram lembradas a menina Vanessa Santos, assassinada por pistoleiros e policiais na Batalha de Santa Elina, no dia 9 de agosto de 1995, quando tinha apenas 7 anos de idade, e de Alzira Monteiro, também participante deste glorioso episódio de resistência das massas camponesas. Ao longo da celebração, uma breve biografia de cada um foi apresentada, quadros com seus rostos foram expostos, disparos de foguetes foram efetuados e o nome de cada um desses heróis e heroínas foi evocado e respondido por todos os presentes com o grito: ‘Presente na luta!’
“Morte ao latifúndio! Viva a Revolução Agrária!”
Durante a celebração também foram feitas intervenções, que frisaram que, a principal maneira de homenagear os heróis e heroínas do povo brasileiro é persistindo na luta pela qual eles entregaram suas vidas, como também ressaltou-se que a matança e o encarceramento dos lutadores e lutadoras das organizações populares, democráticas e revolucionárias não as intimida, pelo contrário, fortalece o ódio de classe e a disposição de permanecer na luta, pois o sangue derramado daqueles caídos rega a luta e a revolução.