95 anos da fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB)

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95 anos da fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB)

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No dia 25 de março de 2017, completaram-se 95 anos da fundação do Partido Comunista do Brasil (PCB). Naquele março de 1922, Astrojildo Pereira (jornalista), Hermogênio da Silva Fernandes (eletricista e ferroviário), Manoel Cendón (alfaiate), Joaquim Barbosa (alfaiate), Luis Peres (artesão vassoureiro), José Elias da Silva (funcionário público), Abílio de Nequete (barbeiro), Cristiano Cordeiro (funcionário público) e João da Costa Pimenta (tipógrafo) reuniram-se na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, e fundaram o partido. Inspirados pelos ventos da Grande Revolução Socialista de Outubro de 1917 na Rússia, esses nove representavam 73 comunistas de diferentes partes do país que se propuseram à árdua e gloriosa tarefa de fundar o partido revolucionário do proletariado brasileiro.

Não pretendemos aqui neste curto artigo fazer um balanço dos caminhos ziguezagueantes e das duras lutas de duas linhas entre o caminho revolucionário e o caminho reformista e legalista pelos quais o partido passou ao longo de sua história, tema que já foi profundamente abordado em artigos do Núcleos de Estudos do Marxismo-Leninismo-Maoísmo (NEMLM) publicados pelo jornal A Nova Democracia em 2012, quando dos 90 anos da fundação do PCB. Porém, pela passagem de tão relevante data – um marco resplandecente na história das lutas das classes exploradas do Brasil – ressaltamos a importantíssima iniciativa levada a cabo de forma decidida por aqueles nove comunistas em 1922 e aos milhares de heróis da classe operária que, nas fileiras do partido, sejam os dirigentes conhecidos ou os que a história nunca saberá seus nomes, entregaram generosamente suas vidas pela Revolução Brasileira.

 Destacamos aqui fatos heróicos, como o Levante Popular Armado de 1935, dirigido por um PCB ainda jovem, com 13 anos de existência, fato que até hoje faz tremer as classes dominantes; a cisão com o PCB revisionista de Prestes e a reconstrução do Partido Comunista do Brasil em 1962; e a gloriosa Guerrilha do Araguaia, quando o partido, decidido pelo pensamento mao tsetung, se propôs à tarefa de iniciar a Guerra Popular no Brasil.

Como afirmamos em artigo publicado em nossa edição nº 166, em maio de 2016, Com a derrota da Guerrilha do Araguaia, o assassinato de seu comandante Maurício Grabois e de dezenas de jovens abnegados militantes comunistas pelas tropas fascistas [do regime militar]; o brutal assassinato dos dirigentes Pedro Pomar, Ângelo Arroyo e João Batista Franco Drumond durante uma reunião do Comitê Central em dezembro de 1976, no bairro da Lapa (SP), ademais das prisões e assassinatos de dezenas de quadros revolucionários nas cidades, a esquerda na direção do PCdoB sofrera um golpe definitivo.

Após o episódio conhecido como “Chacina da Lapa”, a luta por um correto balanço da experiência do Araguaia foi sepultada por mil manobras oportunistas de João Amazonas e sua camarilha revisionista e o PCdoB foi liquidado enquanto partido revolucionário. Sob a continuação da sigla PCdoB, Amazonas criou um novo partido revisionista.

E prossegue afirmando que Hoje, as siglas PCdoB e PCB, bem como outras como PCR, PCML, PPS, PSB, etc, isso para não falar do leque de organizações trotskistas que pululam por aí, fundem-se num programa único revisionista e oportunista-eleitoreiro.

Segundo assinalou o Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoísmo em seus artigos, o momento atual em que o partido se encontra é a Segunda Fase da Terceira Etapa de sua história, fase que se dá luta contra o revisionismo e pelo assumimento teórico e prático do maoísmo, cuja solução cabal culminará na sua reconstituição enquanto um Partido Comunista marxista-leninista-maoísta e se abrirá uma Quarta Etapa, a do desencadeamento da luta aberta pela Revolução Democrática, Agrária e Anti-imperialista ininterrupta ao Socialismo.

Recentemente, as Edições Seara Vermelha lançaram o livro Problemas da História do Partido Comunista do Brasil, que contém a compilação dos textos citados ao início da matéria, revisados e ampliados pelo NEMLM. O livro está disponível para compra em nossa Redação. Na obra, o leitor poderá fazer um estudo científico da história do PCB.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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