A criação artística das massas

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A criação artística das massas

Nota da redação: 17 de agosto marca o aniversário da Grande Revolução Cultural Proletária, grande movimento revolucionário que levou a luta ideológica para as amplas massas chinesas, demonstrando que a luta de classes existe mesmo sob o socialismo e adiando a restauração capitalista na China por cerca de 10 anos, até a morte do Presidente Mao Tsetung e o golpe dos revisionistas encabeçados por Teng Siao-ping e a prisão das principais lideranças do Partido Comunista da China, entre elas Chiang Ching, a companheira do Grande Timoneiro. Nesta ocasião, AND publica um artigo de Tsin Yen, de 1972, que avalia os impactos da Revolução Cultural e o caminho a percorrer na literatura e arte proletárias contra a concepção de mundo burguesa.

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Brigada de produção em campanha de pintura de amadores no distrito de Houhsien, 1958

As brilhantes Intervenções nas palestras sobre a literatura e a arte de Ienan feitas há 30 anos pelo Presidente Mao, salvaguardam, desenvolvem  e dão continuidade à concepção marxista-leninista de mundo e à teoria marxista-leninista sobre a literatura e a arte. Resolveram as questões fundamentais de saber como e porque a literatura e a arte devem servir aos operários, camponeses e soldados, e definem a linha, os princípios e a política para o desenvolvimento da literatura e da arte proletária. No decorrer desses 30 últimos anos, as "Intervenções" guiaram-nos na derrota da linha burguesa em matéria de literatura e de arte sob todas as formas, e encorajaram os trabalhos literários e artísticos revolucionários e a grande massa de operários, camponeses e soldados a tomar parte ativa na revolução e na criação no domínio cultural.

A História é criada pelo povo. As grandes massas, principalmente operárias, camponesas e soldados, são as criadoras não somente da riqueza material da sociedade, mas também da riqueza espiritual. Sob a direção do Presidente Mao e do Partido Comunista da China, a massa dos operários, camponeses e soldados, emancipada no plano político e econômico, tornou-se a força principal nos três grandes movimentos revolucionários (a luta de classes, a luta pela produção e a experimentação científica). Ela sempre pôs melhor em jogo a sua faculdade criadora na cultura e na arte. Depois da publicação das "Intervenções", a criação literária e artística da massa dos operários, camponeses e soldados desenvolveu-se rapidamente em perfeita coordenação com a luta política do Partido. Isso prova que uma tal criação literária e artística de amadores, concebida à luz da linha proletária do Presidente Mao, em matéria de literatura e de arte, é uma componente indispensável da causa da literatura e da arte proletárias. Atualmente sob a direção unificada do Partido, ela deve desenvolver-se mais sensatamente ainda, e servir melhor à consolidação da ditadura do proletariado. Nas "Intervenções", o Presidente Mao qualifica a literatura e a arte revolucionária de "uma arma poderosa para unir e educar o povo, para ferir e aniquilar o inimigo". As criações literárias e artísticas dos amadores operários, camponeses e soldados, escolhendo temas da realidade dos nossos dias, são, pois, o reflexo direto e amplo dos desejos, aspirações e sentimentos de que o povo apresenta provas nos três grandes movimentos revolucionários. Estreitamente de acordo com o movimento revolucionário, atuam ao serviço das lutas políticas do proletariado. Breves, lacônicas, frescas, vivas e assumindo ainda formas nacionais favoritas das pessoas simples, elas são extraordinariamente populares entre as massas, ganham adeptos e inspiram-se na luta revolucionária.

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 ”Erradicar a superstição, romper com velhos costumes e elevar o espírito nacional",
carta chinesa de junho de 1958

O canto revolucionário O leste é vermelho foi composto por um camponês na base revolucionária de Ienan durante a Guerra de Resistência contra o Japão. Traduz os profundos sentimentos proletários do povo chinês para com o seu grande dirigente, o Presidente Mao, e encorajam-no a avançar sempre a passos firmes na via da revolução, orientada pela linha correta do Presidente Mao. Durante a revolução democrática, operários, camponeses e soldados de Lenan, como das outras bases revolucionárias, criaram danças, dramas, poemas e ensaios descrevendo a emancipação do povo e a vida de combate do exército da época. As cinco canções folclóricas recentemente publicadas e revistas nas letras, das quais O Nossos dirigente Mao Tsetung, O povo e os seus soldados na grande campanha de produção e Operários e camponeses, todos em armas, são obras de então. Desempenharam um grande papel estimulante tanto na luta revolucionária como na produção durante a segunda guerra civil, a Guerra de Resistência contra o Japão e a guerra de libertação. Continuam hoje a desempenhar o papel estimulante que obriga a continuar e desenvolver o espírito de Ienan cultivado pelo Presidente Mao e a conduzir a revolução socialista até o fim.

As criações literárias e artísticas dos amadores operários, camponeses e soldados estão na base do desenvolvimento da literatura e da arte socialistas. Nas "Intervenções", o Presidente Mao indica que a divulgação "fornece uma base ao trabalho de elevação do nível, que fazemos atualmente num campo limitado e cria também as condições necessárias para a continuidade do mesmo trabalho num campo bastante mais vasto no futuro". Ele diz: "Para nós, a divulgação está na base da elevação do nível que, por sua vez, determina a divulgação". A criação literária e artística dos amadores operários, camponeses e soldados é um aspecto importante na glorificação, sob forma literária e artística, do seu próprio trabalho e da sua própria luta e na sua educação por eles mesmos. Em geral, tais obras são apropriadas, na maior parte, há divulgação, mas são uma base indispensável para a elevação do nível e o desenvolvimento da literatura e da arte socialistas. Com esta base, é possível só responder à necessidade urgente dos operários, camponeses e soldados na divulgação da literatura e da arte, mas também preparar uma reserva inesgotável para o trabalho da elevação do nível. Isso permitiria produzir obras melhores em maior número e assegurar uma maior expansão da literatura e da arte socialista.

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 ”A primeira lição”, setembro de 1958

Existiu sempre uma luta encarniçada entre as duas classes, entre as duas linhas, sobre a questão de saber se é preciso desenvolver ou não a criação literária e artística dos amadores operários, camponeses e soldados. O Presidente Mao prestou sempre uma grande atenção à criação literária e artística dos amadores e considera a promoção de diversas atividades literárias e artísticas de massas como uma parte importante do trabalho político-ideológico junto das massas durante todos os períodos históricos da revolução. As "Intervenções" sublinham a importância das atividades literárias e artísticas de massa nestes termos: "A revolução não pode progredir e triunfar sem a literatura e sem a arte, estivessem elas entre as mais simples, entre as mais elementares". O Presidente Mao chama os escritores e artistas revolucionários a prestarem atenção à literatura e à arte com origem nos operários, camponeses e soldados e aos seus jornais de parede, reportagens, peças, cantos e belas artes. Crítica mordazmente com tendência burguesa de desprezar e rejeitar as atividades literárias e artísticas de massa. O grande conceito do Presidente Mao de apreciar e promover a literatura e a arte de massa personifica, no trabalho literário e artístico, a linha de massa que consiste em acreditar no poder criador inesgotável das massas, a respeitá-las e a apoiar-se nelas.

Pela sua natureza reacionária e rancorosa para com as massas revolucionárias, Liu Chao-chi, Tchéou Yang e outros vigaristas políticos opuseram-se sempre à criação literária e artística das massas e sabotaram-na. Praticamente, ao serviço dos proprietários de bens de raiz e da burguesia, a linha revisionista, contra-revolucionária em matéria de literatura e de arte, a linha diametralmente oposta à linha proletária do Presidente Mao. A seu ver, os operários, camponeses e soldados estão pela "ignorância inata", desqualificados para compor poemas e se representarem. Satirizaram sempre que possível os amadores operários, camponeses e soldados que se empenhavam na criação literária e artística. Por outro lado, impregnavam a literatura e a arte de massa de idéias decadentes e de coisas vulgares próprias da burguesia e da classe dos proprietários de bens de raiz e procuram corromper e empeçonhar os escritores e artistas amadores, forçando a linha revisionista na literatura e arte da massa com o fim de restaurar o capitalismo. Ao fazerem isto, exerceram uma ditadura burguesa no domínio da cultura e formularam a opinião para destruir a ditadura do proletariado.

A linha revisionista contra-revolucionária adotada por Liu Chao-chi, Tchéou Yang e outros vigaristas em matéria de literatura e de arte, foi destruída durante a Grande Revolução Cultural Proletária, enquanto que a linha proletária do Presidente Mao nesta matéria penetrou profundamente no espírito do povo. Com a divulgação das peças modelos de temas revolucionários e sob o seu encorajamento, os escritores e artistas amadores operários, camponeses e soldados, servem-se da literatura e da arte com o exército destinado a consolidar a ditadura do proletariado. Descrevem, sob diversas formas literárias, as artísticas imagens heróicas dos operários, camponeses e soldados, dando assim um impulso tanto na revolução e na produção, em todos os aspectos, como na revolução proletária em literatura e arte.

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 Pintura produzida em houhsien

Devemos considerar o desenvolvimento da criação literária e artística dos amadores como uma tarefa importante na aplicação da linha revolucionária proletária do Presidente Mao, no desenvolvimento da literatura e da arte socialistas, na ocupação das posições ideológicas e culturais e na consolidação da ditadura do proletariado. A luta entre o proletariado e a burguesia prolongou-se tortuosa e por vezes mesmo muito aguda, no domínio ideológico e cultural. A força burguesa agarrou-se aí obstinadamente. O proletariado deve ter um poderoso contingente de profissionais literários e artísticos revolucionários e um grande contingente de amadores revolucionários da literatura e da arte a fim de ter firmemente na mão o baluarte da ideologia e da cultura. O distrito de Houhsien, província de Chensi no nordeste da China, lançou, em 1958, uma campanha de pintura de amadores. Um contingente de pintores, composto na maior parte por camponeses pobres e meio-pobres, fez a sua aparição há mais de uma dezena de anos. Fizeram uma digressão entre mais de 150 brigadas de produção do distrito e organizaram exposições sobre as histórias de famílias camponesas e de aldeias com uma série de pinturas que criaram. Isto deu às massas uma educação expressiva da luta de classes e da luta entre as duas linhas. O reforço da direção exercida pelo Partido sobre criação dos amadores foi, essencialmente, empreendida sob o aspecto da ideologia e da linha política, uma educação entre os escritores e artistas amadores operários, camponeses e soldados. Estes últimos, especialmente aqueles que surgiram no decorrer da Grande Revolução Cultural Proletária, são uma nova e preciosa força ascendente nas fileiras da literatura e da arte proletárias. É, pois, necessário fazer com que estudem e apliquem conscienciosamente a linha revolucionária do Presidente Mao, se impregnem do conceito de criação de obras no interesse da revolução e avancem firmemente ao longo da via da colocação da literatura e da arte ao serviço dos operários, camponeses, soldados e da política proletária.

O constante desenvolvimento da criação literária e artística de grande massa desses amadores permite fazer-lhes uma exigência mais elevada. Como elevar o nível das suas obras? Para os escritores e artistas amadores, a chave é, como indica o Presidente Mao nas suas "Intervenções", "o estudo do marxismo-leninismo e da sociedade". De acordo com o princípio "o antigo serve o atual e o que é estrangeiro serve o nacional", devemos, por análise crítica, apreender técnicas de descrição de escritores clássicos e estrangeiros, e inspiramo-nos nas suas experiências e conhecimentos adquiridos. Mas, falando no essencial, não podemos aperfeiçoar gradualmente as suas técnicas de descrição senão indo por entre os operários, camponeses e soldados, lançando-nos nas suas lutas e estudando o marxismo-leninismo, e ainda na própria prática da criação. Afastando-se da vida e da sociedade, da direção marxista e adotando técnicas como fator decisivo, os escritores e artistas amadores enveredariam numa via errada.

Para transformar a ampla vida social em fonte de criação e torná-la a sabedoria das massas, os escritores e artistas amadores devem estudar constantemente a sociedade, aceitar serem os alunos das massas, conhecer e compreender os elementos de vanguarda entre as massas e o seu pensamento avançado, assim como todas as espécies de pessoas da sociedade. Devem penetrar, realmente, no pensamento e sentimento dos operários, camponeses e soldados.

Simultaneamente com o desenvolvimento da revolução e da edificação socialista, os elementos da vanguarda e as coisas novas não param de surgir. A vida prática muda constantemente e a nossa compreensão deve desenvolver-se igualmente de acordo com ela. Por conseguinte, o processo para estudar a sociedade e serem os alunos das massas jamais se esgotará.


Nota
Um despacho da agência Hsinhua datado de Pequim em 30 de Maio de 1972, informa que a revista Hongqui publicou, assinado por Tsin Yen, um artigo que tem por título: Fazer grandes esforços para desenvolver a criação literária e artística dos amadores operários, camponeses e soldados. Eis os extratos dele escolhidos pela agência Hsinhua.

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