A Mãe Pátria, com 85 metros, chama os patriotas a defendê-la
Tzaritsin era o nome, a cidade do Tzar, às margens do rio Volga, importante veia que corta boa parte do território da Rússia. Ali, na antiga cidade do Tzar, Stalin, chefiando as unidades do recém criado Exército Vermelho, derrotou as tropas do General Denikin, chefe de um dos grupamentos militares das forças contra-revolucionárias, denominadas por guardas brancos, que lutavam contra os bolcheviques no período da guerra civil (1918-1921), logo após a tomada do poder pelos ope-rários e camponeses russos.
Mas já não havia Tzares, e a cidade passou a se chamar Stalingrado, se transformando também em um importante centro industrial e cultural da União das Repúblicas Socia-listas Soviéticas. Ali eram produzidos os me-lhores tratores já vistos naquele país, que impulsionaram a agricultura nos anos da cons-trução do socialismo, milhões de toneladas de aço, etc. Mas a mesma fábrica produziu também os temidos tanques T34, maravilha da engenharia militar soviética. Havia também muitas escolas e um centro universitário, teatros, cinema…
E havia o povo de Stalingrado, que não abandonou a cidade. Construindo febrilmente suas defesas, cavando trincheiras e túneis e dando mostras do quanto amavam a pátria, o sistema socialista e Stalin, seu chefe. Em vão os detratores da ditadura do proletariado insistem em que o governo soviético era odiado, porque sob sua direção as massas se mobilizaram e executaram conscienciosamente todos os planos de defesa da pátria.
Em Stalingrado há também uma colina, chamada Mamayev Kurgan. Do alto desta co-lina hoje domina a paisagem uma estátua, a Mãe Pátria. Empunhando uma grande espada, a mãe chama os patriotas a defendê-la do nazismo, a corrente mais criminosa do fascismo. Mas não é uma estátua vulgar, é simplesmente a maior estátua do mundo, com 85 metros de altura, e foi mandada construir por Stalin, naquele local emblemático que marcou o começo do fim do 3º Reich.
Sim, porque a Colina Mamayev Kurgan nem sempre pertenceu aos soviéticos. Local estratégico, era disputada entre o Exército Vermelho e a Wermacht palmo a palmo, assim como a zona urbana era disputada casa a casa, cômodo a cômodo. Inúmeros são os relatos de atos heróicos praticados por soldados e operários na defesa da cidade e da pátria do socialismo.
Houve um sargento Yakov Pavlov, comandante de um pelotão que resistiu em uma casa a 59 dias de ataque dos alemães, disseminando o pânico entre as unidades destacadas a combatê-los. Relatos dão conta de operários que, desarmados, saltavam de bueiros e atacavam soldados alemães a marteladas.
Ah, grande Stalingrado, louvada em prosa e verso pelos mais notáveis poetas e escritores daquele tempo. O mundo inteiro a observava e torcia pela vitória de seu povo. E dali partiu o rolo compressor que espremeu as hostes nazistas até Berlim e lá hasteou o glorioso pavilhão vermelho com a foice e o martelo.
O heroísmo da cidade mil vezes cantado. A genialidade militar de seu chefe reconhecida muitas vezes. E quem era o chefe? Ninguém menos que o marechalíssimo Josef Stalin, que em sua segunda vitória no mesmo local selou a vitória do socialismo e de todas forças de-mocráticas do mundo.
Em 19 de novembro de 1942, por ordem de Stalin, era desencadeada a Operação Uranus, com o objetivo de fazer um mo-vimento de pinça em volta das tropas do Eixo, vi-sando isolá-las da sua retaguarda e apertar o cerco até o fim. O Marechal Von Paulus, comandante do 6º Exército alemão se viu cercado e proibido de se retirar por Hitler, oferecendo uma resistência desesperada que se esgotou em 2 de fevereiro de 1943, com a rendição incondicional.
A maior batalha da história terminou com saldo terrível. Estima-se que as baixas nazistas te-nham chegado a 1,5 mi-lhão de alemães, romenos e italianos. Perderam também 3.500 tanques e peças de assalto; mais de 3 mil aviões de combate e de transporte; 12 mil pe-ças de artilharia e mortei-ros; 75 mil viaturas, etc. As baixas soviéticas também foram grandes, cerca de 1,1 milhão, sendo quase 500 mil mortos.
Alguns fatos ficam gravados indelevelmente na história. A Batalha de Stalingrado é uma dessas coisas demonstrativas do gênio — também militar — de Stalin. Porém, ainda assim, os revisionistas e oportunistas não perdem a oportunidade para atacá-lo.
Como não podem simplesmente apagar a Batalha de Stalingrado da história, tentam minimizar ou anular o papel de comandante em chefe de Stalin. Muitos, principalmente trotskistas, insistem na tese de que a URSS triunfou na guerra contra o nazismo "apesar de Stalin". Ultimamente, por ocasião da passagem do dia 2 de fevereiro, algumas organizações trotskistas publicaram em seus panfletos que as milícias operárias foram as vencedoras da guerra, num verdadeiro contorcio-nismo com os fatos históricos, para desfa-zer-se do papel de vanguarda, de tenacidade ideológica e capacidade militar de Stalin, do Partido Comunista (Bolchevique) da União Soviética e do Exército Vermelho.
A serviço sempre da propaganda da contra-revolução e em coro com o que há de mais reacionário, fascista e de desonesto para com a verdade histórica acusam, utilizando-se do tolo argumento de que "se Stalin assinou um acordo com Hitler é porque eram amigos". E lógico, sempre omitindo a criminosa cola-boração de Trotski e seus correligionários — dentro e fora da URSS — com os nazistas.
Hoje, a cidade que foi palco de duas vitórias do povo soviético sob o comando de Stalin já não se chama Stalingrado. Em 1961 os revisionistas kruschovistas que usurparam o poder do proletariado para restaurar o capitalismo na URSS mudaram seu nome para Volgogrado, em mais uma tentativa de apagar o nome do grande líder bolchevique e os extraordinários feitos da Ditadura do Proletariado.
Mas nada disso apagará da memória dos povos e dos revolucionários de todo o mundo aquele grito de guerra com o qual os soldados soviéticos iniciavam suas cargas contra as hostes fascistas:
— Pela pátria! Por Stalin!