A imprensa burguesa é um escândalo!

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A imprensa burguesa é um escândalo!

http://jornalzo.com.br/and/wp-content/uploads/https://anovademocracia.com.br/80/17b.jpgCausou justa revolta ao redor do mundo o caso das escutas telefônicas imorais do jornal britânico News Of The World – o periódico em língua inglesa mais vendido do mundo até ser extinto no último mês de julho –, que grampeou familiares de recrutas britânicos mortos nas invasões imperialistas do Iraque e do Afeganistão e chegou mesmo a invadir o telefone celular de uma menina desaparecida para movimentar a caixa postal da linha e assim obter dados para manchetes sensacionalistas, dando aos pais da criança falsas esperanças de que ela ainda poderia estar viva.

Entretanto, para os povos de todo o planeta que acompanharam o caso nas páginas e na tela dos monopólios internacionais da imprensa, pela via dos seus braços regionais e locais, interessa menos o “escândalo” em si – diretamente proporcional à hipocrisia com que os jornais e emissoras de TV implicados em crimes muito maiores e mais importantes veicularam a história do famigerado tabloide – e mais o que se pode depreender dele e que seja válido para a conscientização das massas trabalhadoras e para as lutas classistas.

Assim, à luz dos desdobramentos do caso do jornal britânico News Of The World, podemos reafirmar o fato de que as grandes corporações de mídia são grandes corporações como outras quaisquer, inatamente criminosas e visceralmente antipovo, ainda que seu antagonismo com as classes populares seja camuflado pelos mitos burgueses da neutralidade política do entretenimento em geral da “imparcialidade” da prática jornalística em veículos de comunicação que na verdade constituem órgãos de disseminação do ideário liberal e da naturalização do cotidiano sob o sistema de exploração do homem pelo homem.

É preciso também, no esteio do “escândalo” do News Of The World, perceber como sobressai do episódio com nitidez a relação intrínseca entre a administração dos Estados burgueses com os chefes desses conglomerados de produção em série de alienação, subcultura e contrainformação.

Viva os órgãos de comunicação do povo!

O exemplo crasso que sobressai do caso News Of The World da dobradinha formada pelos grandes conglomerados de comunicação e a cúpula dos Estados burgueses foi a confirmação do que a rigor já se sabia: que o maior empresário de mídia do mundo, Rupert Murdoch – dono do famigerado e agora extinto tabloide – e seus executivos têm passe livre em Downing Street, a sede da administração do Reino Unido, com direito a 16 reuniões de representantes do maior magnata da mídia burguesa com o ministro britânico das Finanças, George Osborne, desde a eleição de David Cameron, em maio de 2010.

Rupert Murdoch é uma velha raposa que tem no currículo, por exemplo, um histórico de gerenciar campanhas midiáticas a favor do sionismo genocida camufladas em um noticiário autoproclamado “rigoroso” e “imparcial”. Tudo sem maiores necessidades de conspiração, bastando-lhe apenas a inspiração de seus fiéis cães de guarda colocados estrategicamente nos postos de gerenciamento e edição do seu império de calúnias.

É a mesma lógica que rege o noticiário antipovo, por exemplo, do monopólio da imprensa que opera no Brasil, que tem nas organizações Globo o seu carro-chefe, com seus ataques reacionários aos movimentos populares e o amplo apoio às políticas fascistas lançadas em todos os níveis de administração do velho Estado. É a mesma lógica que rege a rotina de produção da notícia enquanto mercadoria capitalista em qualquer grande grupo de comunicação do planeta. A mídia burguesa, ela em si mesma, é o verdadeiro escândalo.

Abaixo a imprensa burguesa, seja os tabloides marrons, seja os jornalões ditos “de referência”, polidos e muito obstinados em difamar as classes populares e exaltar os crimes contra as massas trabalhadoras! Viva a imprensa popular e democrática! Viva os órgãos de comunicação do povo, que combatem as mistificações capitalistas, rechaçam o imperialismo e o oportunismo e repercutem as lutas proletárias e camponesas!

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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