O surgimento e a multiplicação dos Comitês de Boicote à Farsa Eleitoral representam uma importante vitória da luta popular em nosso país. Debates, agitações, grafites nos muros e as mais diversas ações foram decisivos para esclarecer e elevar a consciência de muitos dentre os 35 milhões que boicotaram ativamente, se abstiveram de votar, anularam o voto ou votaram em branco em todo o país. Publicamos aqui alguns relatos enviados pelos comitês à redação de AND.
Panfletagem em Curitiba
Em 21 de setembro membros do comitê de apoio ao A Nova Democracia e do Movimento Estudantil Popular Revolucionário, estudantes universitários e secundaristas, realizaram um debate sobre as eleições e fundaram o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral de Curitiba – PR.
Já no dia seguinte o Comitê realizou sua primeira ação: uma panfletagem no local conhecido como Boca Maldita, no centro de Curitiba, local onde se aglomeram toda a sorte de oportunistas e cabos eleitorais. A cada panfleto entregue eram pedidas contribuições para que o Comitê pudesse sustentar-se. Diversas pessoas pararam para conhecer o movimento e manifestar seu apoio.
Edições antigas de A Nova Democracia foram distribuídas e vendidas como parte da campanha de finanças do Comitê.
Com o término das eleições o Comitê pretende continuar seu trabalho percorrendo as periferias e bairros pobres de Curitiba realizando atividades de propaganda.
Agitação em São Paulo
Em São Paulo, na véspera das eleições, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral realizou uma agitação na Estação Belém do Metrô, ao lado da fábrica da Fame, onde se concentram um grande número de operários e moradores da Zona Leste.
Durante a atividade, populares chegaram a gritar e aplaudir, outros acenavam ou confirmavam com a cabeça dizendo: É isso aí! Bota pra quebrar!
Comitê convoca boicote em BH
A Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo realizou uma agitação em 5 de outubro no centro de Belo Horizonte e distribuiu milhares de exemplares de um manifesto convocando o povo a não votar. A Frente é umas das forças que compõem o comitê de Boicote à Farsa Eleitoral na capital mineira. Com o apoio de um carro de som, dirigindo-se aos trabalhadores, trabalhadoras, estudantes, a todo o povo de Belo Horizonte, A Frente Revolucionária convocou o povo para organizar-se e lutar.
O manifesto esclarecia a população sobre o caráter de classe das frações do partido único que disputavam as eleições, desmascarava os oportunistas e expunha um Programa de Transformações Revolucionárias para o Brasil com as tarefas da Revolução de Nova Democracia ininterrupta ao Socialismo.
Colagem de cartazes no Rio de Janeiro
Às vésperas do dia 7 de outubro, o Comitê de Boicote à Farsa Eleitoral do Rio de Janeiro realizou atividades de propaganda pela cidade. No Centro, centenas de cartazes com os dizeres ‘Não vote! Viva a revolução!’ foram colados em diversos muros. Na manhã do dia 6, milhares de panfletos foram distribuídos em Ramos, na zona Norte, para os moradores do bairro e do Complexo do Alemão.
Grafites do Coletivo Bagaceiro em Recife
Nos muros de Recife podem ser vistos grafites feitos pelo Coletivo Cultural Bagaceiro convocando a população a boicotar a farsa eleitoral.
Debate em Goiânia
O Núcleo de Direitos Humanos (NDH) da UFG, em parceria com o Comitê contra a Farsa Eleitoral e com o Programa de Mestrado em Ciências Políticas da UFG promoveu um Ciclo de Debates com professores e estudantes no dia 27 de setembro no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UFG, com o tema: Voto Nulo – Crise de Participação ou Representação?
Segundo o Comitê de Apoio, cerca de 130 pessoas participaram do Ciclo de Debates.