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No dia 13 de janeiro de 2016, 13 anos após o assassinato do Cacique Marcos Veron por pistoleiros, parte da aldeia Takuara, no Mato Grosso do Sul, foi retomada pelos Guarani Kaiowá.
“Nossa aldeia foi toda incendiada, fomos atacados por pistoleiros e pela Polícia Civil. Depois, pela Polícia Federal, fomos jogados na beira da estrada. Mas com muita resistência, retomamos a nossa Terra.”
A área indígena, roubada pelo latifundiário Jacinto Honório Silva, já foi declarada posse dos indígenas pelo Ministério da Justiça. Todavia, os indígenas afirmam que cansaram de esperar a justiça se consolidar, uma vez que, como em inúmeros outros casos, a homologação presidencial ainda não aconteceu.
A aldeia, que é alvo de diversos ataques a mando do latifúndio, foi novamente alvo de muitos disparos na madrugada de 10 de fevereiro.
Os indígenas afirmam que o sangue derramado dos guerreiros não será em vão e que a luta continuará.
“Nós não vamos recuar! Nós vamos lutar até a última gota de nosso sangue!”, disse uma liderança indígena.
“Mataram meu marido! Eu não vou mais sair daqui! Não quero mais essa soja na minha terra!”, declarou Ñandeci Júlia Cavalhera, esposa do assassinado Cacique Marcos Veron.
Os verdadeiros donos da terra
As fotos que publicamos nesta ocasião são do fotógrafo e colaborador do jornal A Nova Democracia, Ellan Lustosa, que esteve na aldeia Takuara na primeira quinzena de fevereiro registrando sua luta e prestando sua solidariedade ao povo Guarani Kaiowá.