No dia 19 de janeiro, representantes de organizações de defesa dos direitos do povo, mães e familiares de vítimas de violência policial se reuniram em manifestação em frente ao Instituto Médico Legal (IML) na Leopoldina, região central do Rio de Janeiro, para exigir punição aos assassinos do jovem Andreu Luis da Silva Carvalho, torturado e morto por cinco agentes do Degase – Departamento Geral de Ações Socio-Educativas, nas dependências do Centro de Triagem (CTR) na madrugada do dia 1° de janeiro de 2008 (AND n° 40, fevereiro de 2008, “Agentes de ‘reabilitação’ torturam jovem até a morte”).
Faixas de protesto e cartazes com fotos de jovens vítimas da violência do Estado foram fixadas nas grades do IML. A mãe de Andreu, Deize de Carvalho, exemplo de combatividade na luta por justiça, fez o uso do carro de som para denunciar à população as irregularidades no processo e exigir justiça no caso do assassinato de seu filho, vítima da política de extermínio levada a cabo no Rio de Janeiro. Representantes da Rede Contra a Violência e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos (Cebraspo) também fizeram o uso da palavra.
Uma decisão judicial de 14/03/2009 determinou que o corpo de Andreu fosse exumado e se procedesse um novo laudo necroscópico pelo Instituto Médico Legal. Mas, o IML não cumpriu a decisão, que foi reafirmada no dia 26/11/2009 e novamente desrespeitada. Um novo exame cadavérico é indispensável para o caso, pois provaria as torturas sofridas pelo rapaz.