O periódico argentino Clarín traduziu do britânico The Guardian artigo em que o todo-poderoso Exército de Israel garantiu segurança a um grupo de seus soldados para estuprar uma indefesa jovem beduína, no deserto do Neguev, sul da Palestina. Durante 49 anos o governo israelense manteve o crime no mais absoluto segredo, até que o diário israelita Ha’aretz, vasculhando pacotes militares empoeirados, deparou-se com o registro macabro.
Em fins de 1948 havia terminado a primeira guerra de Israel com nações árabes. No ano seguinte, um grupo de soldados israelenses destacados na base militar de Nirim, situada no deserto do Neguev, matou um beduíno e capturou sua filha adolescente. A jovem foi tirada de sua tenda e obrigada a banhar-se, totalmente desnuda, em frente a maníacos sexuais metidos em uniformes. Certamente que esses maníacos bateram continência para a beduína desnudada. Militares sionistas deram início ao ritual do terror. A jovem e indefesa árabe foi seviciada durante três dias consecutivos, sem pressa e sem pausa, por um bando de facínoras fardados.
Após as comemorações do Shabbat (dia sagrado para o povo judeu), Moshe, comandante do pelotão, organizou suas tropas para molestá-la sexualmente. Esse militar, que havia envergado a farda do exército britânico na Segunda Guerra Mundial, foi o primeiro da fila. Em seguida, veio um de seus sargentos e, posteriormente, os demais soldados do batalhão. Os maníacos sexuais, após terem saciado sua depravação, abandonaram a jovem inconsciente. Na manhã seguinte, física e moralmente prostrada, ela foi conduzida por um sargento a uma das dunas da região desértica. Ao pressentir o triste fim que lhe dariam, a jovem tentou escapar correndo, mas o sargento Michael a matou pelas costas. A infeliz foi enterrada em uma cova rasa. Vários anos depois, colonos de um kibbutz próximo à base militar de Nirim, depararam-se com os restos de uma mão pequena, desenterrada pelo soprar dos ventos.
Mais por indisciplina…
Alguns dias após a curra, Yehuda Drexler, comandante do batalhão, perguntou ao oficial Moshe se a jovem havia sido devolvida a seu povo. “Mataram-na. Era uma lástima gastar combustível”, foi a resposta do chefe da unidade. Então, Moshe recebeu de Yehuda ordens para efetuar o registro:
“Em minha patrulha, no dia 12 de agosto de 1949, encontrei árabes no território sob minha responsabilidade. Um deles estava armado. Matei o árabe armado no instante e tirei sua arma. Logo, tomei cativa a mulher árabe. Durante a primeira noite, os soldados abusaram dela e, no dia seguinte, considerei apropriado eliminá-la.”
Métodos de Hitler
Moshe — assim como a maioria de seus soldados — foi julgado em segredo. Alguns de seus comandados alegaram ter violentado a beduína para cumprir ordens de seu superior. A corte militar absolveu Moshe por ter estuprado a jovem árabe, condenando-o apenas pelo assassinato da adolescente: 15 anos de prisão. Os juízes militares descreveram que o oficial fez uso dos mesmos métodos de extermínio que Hitler havia usado na França ocupada (1940-1944). Também, consideraram seu desejo de assassinar, inclusive, mulheres e crianças a sangue frio. Além de estuprador estava acobertado em um uniforme dos bandos armados do sionismo. Dezenove soldados foram condenados a, no máximo, três anos de prisão.
Em seu diário, David Ben Gurion — então, primeiro ministro do Estado de Israel —, referindo-se à barbárie cometida pelo facínora fardado, observou: “Tomaram a decisão e a levaram à prática: a banharam, cortaram-lhe o cabelo, a violaram e a mataram.”
Foi baseado no informe deixado pelo estuprador sionista que o jornal israelita divulgou ao mundo o crime acobertado pelo Estado de Israel.