Bush e Sharon: assassinos fascistas

Bush e Sharon: assassinos fascistas

O povo palestino tem recebido crescente solidariedade internacional. Surgem a todo instante manifestações contundentes de apoio à causa palestina e ao seu povo, cuja heróica resistência ao fascismo e a expulsão do imperialismo ianque (sob o nome de Estado de Israel) de seu território, é uma luta em defesa de toda a humanidade. De todos os continentes partem protestos contra a agressão perpetrada pelas feras imperialistas contra a população indefesa da Palestina. Sucedem-se as mais diversas ações de solidariedade. São comícios, conferências, artigos, filmes; apoio político e material ao povo trabalhador palestino, enquanto a ONU – esta organização transformada em pau mandado do imperialismo ianque, fecha os olhos para as barbaridades cometidas pelo atual gerente do capital financeiro na Palestina, o criminoso de guerra Ariel Sharon, à frente de uma chusma fascista e agindo com o incentivo e cumplicidade de outro administrador da mesma espécie, o atual ocupante do posto máximo do Impérium. O sionismo de Israel, condenado ainda que burocraticamente pela ONU como racista, por isso mesmo criminoso, tem recebido a reprovação da maioria dos hebreus, dentro e fora da região que, de forma ilegítima, permanece ocupada na Palestina. A brutalidade com que tem agido contra o povo palestino, é a única forma que os sionistas encontram para defender os interesses da oligarquia petrolífera e, principalmente, para continuar vivendo às custas do povo palestino. Para isso, o espúrio Estado de Israel permanece servindo como testa de ferro do imperialismo ianque na dominação e exploração dos povos árabes.

O sionismo só consegue enxergar os palestinos como um povo de segunda categoria, capaz apenas de ser ocupante de postos subalternos no seu mercado de trabalho, uma vez que em Israel trabalham cerca de 180 mil palestinos que diariamente entram e saem de seu território, sendo proibidos de permanecer, além de um milhão de árabes que compõem os 6,5 milhões de habitantes de Israel.

As ações militares de Israel destruindo as cidades e matando indiscriminadamente a população civil são complementadas por um bloqueio econômico que sufoca a economia palestina.

Povo acostumado ao comércio, tendo o Egito e a Jordânia como principais parceiros, à produção de azeite e às atividades turísticas, enfrenta nos dias de hoje, um nível de desemprego superior a 40%, tendo o rendimento médio decaído em mais de 30% recentemente. Tudo isso é agravado pelos bombardeios diários, que não só afetam a produção, mas as condições gerais de vida do povo. 

Israel repete Sabra e Shatila

O terror sionista manifestado recentemente com o massacre de Jenin, onde cerca de 500 pessoas foram assassinadas, pelo cerco à Igreja da Natividade, pelo cerco ao QG de Arafat e aos bombardeios quase que diários às cidades e campos de refugiados como Rammalah.

É esta conduta de Israel, tendo à frente o sanguinário Sharon, a principal propulsora não apenas da Segunda Intifada como do surgimento dos mártires que tem entregado sua vida, regando com seu sangue a luta pela causa palestina.

Enquanto a juventude se imola, Arafat assiste ao fracasso de sua política de apaziguamento inaugurada com uma seqüência de concessões que só estimularam a besta fascista e aumentaram o seu apetite pelo sangue palestino. A criação da ANP — Autoridade Nacional Palestina e a transformação do Exército de Libertação Nacional foram iniciativas do imperialismo e de Israel no sentido de transferir para Arafat e a OLP a responsabilidade de organizar a repressão sobre o povo em sua luta de libertação. Isto mostra que o Estado palestino tem também um caráter de classe como qualquer estado e a falência da política de apaziguamento é a falência da política da classe dominante, a qual Arafat está vinculado e que por conta desta vinculação tem secundarizado e até traído os interesses do povo palestino.

Quando Bush e Sharon atacam Arafat é porque sabem que arrancarão mais concessões, que outros militantes e ativistas poderão ser entregues a Israel pela ANP e quanto mais isto acontecer mais Arafat ficará desmoralizado diante de seu povo e mais estará dependente de Israel e dos EUA. É evidente, pois, que somente se uma tendência proletária assumir a direção da luta do povo palestino, organizando em torno de si uma frente única que tenha seus interesses contemplados num programa revolucionário de libertação e de construção de uma nova sociedade o quadro atual poderá ser revertido passando-se da conciliação à luta conseqüente. As ações do Hamas e da Jihad Islâmicas, certamente têm repre-sentatividade dentro do povo palestino e se eles estão sendo reprimidos pela ANP é porque o programa da OLP que tem em Arafat o seu líder maior não mais atende aos anseios do povo palestino.

Cronologia da luta pela libertação da Palestina

Novembro de 1947

A Assembléia Geral da ONU vota um plano de partilha do território palestino, compreendendo a criação de um estado judeu e um estado árabe, ficando Jerusalém com “status” internacional.

Abril de 1948

Primeiro massacre contra palestinos, na aldeia Deir Yassin, comandado por Menahem Begin, assassinando 250 pessoas entre homens, mulheres e crianças. Inicia-se o esbulho contra o povo palestino e as práticas fascistas de Israel.

Maio de 1948

O movimento sionista mundial proclama o Estado de Israel.

Janeiro de 1964

Surge a Organização para Libertação da Palestina.

Junho de 1966

Invasão e ocupação da faixa de Gaza, Península do Sinai, da cidade velha de Jerusalém da margem ocidental do Rio Jordão e das colinas de Golã.

Abril de 1969

Cria-se o Comando da Luta Armada do Exército de Libertação da Palestina. Setembro de 1982 – Massacre de Sabra e Shatila, acampamento de refugiados palestinos, comandado por Ariel Sharon, no Líbano. Aproximadamente 2000 pessoas, entre homens, mulheres e crianças foram assassinadas.

Dezembro de 1987

Primeira Intifada (palavra que significa sacudida) — movimento de sublevação popular contra a ocupação do território palestino por Israel. A pedra e o Molotov são as armas utilizadas pelo povo e tornam-se símbolos da resistência.

Novembro de 1988

Proclamação do Estado Palestino

Setembro de 2000

Segunda Intifada

Abril de 2002

Massacre de Jenin com a matança de mais de 500 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. Israel não permitiu que houvesse inspeção do campo de refugiados.


Obs. Estas são apenas algumas referências, dos inúmeros ataques e assassinatos seletivos cometidos por Israel, como incontáveis são os bravos atos de resistência do povo palestino.
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