Campanha de finanças

Campanha de finanças

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Em julho fomos convidados a palestrar em uma reunião na Associação dos Pensionistas da Rede Ferroviária Federal, em Macaé, região norte fluminense. Cerca de 20 pessoas ouviram atentamente o informe do Sr. Waldir Tavares sobre o andamento dos processos de pensão e, em seguida, assistiram à colocação sobre a linha editorial do jornal A Nova Democracia, a situação política nacional e internacional e alguns comentários sobre a perseguição aos movimentos populares em geral e camponês, em particular. Seguiu-se um debate no qual foram manifestadas opiniões de quase todos os presentes.

Findo o debate, o Sr. Waldir me estendeu uma folha dobrada e pediu que eu lesse em voz alta o que ali estava registrado. Ao desdobrá-la, constatei uma lista resultante de uma campanha de finanças realizada pelo comitê de apoio e divulgação de A Nova Democracia. Emocionado, revelei a todos que ali havia a quantia de R$ 680,00, em dinheiro e cheques anexados à lista.

Depois soube que o Comitê de Macaé se organizou com uma estrutura simples, mas bem definida, sendo designados secretários, tesoureiro e outras funções. Os jornais são estudados em reuniões periódicas e os membros do comitê se responsabilizam pela venda de cotas de 5 jornais para cada companheiro.

Macaé sempre foi uma cidade operária, tendo grande tradição no movimento comunista brasileiro, revelando grandes lideranças populares e realizando grandes greves e lutas políticas. Era tradição também que os operários sustentassem seu Partido e sua imprensa através de campanhas de finanças como a que nos celebrou o comitê de Macaé.

Essa campanha realizada pelos companheiros de Macaé revela muitas coisas. A mais importante talvez seja que sustentar a imprensa popular e democrática é uma tarefa perfeitamente exequível e que para isso seus apoiadores podem recorrer a várias formas de arrecadação de fundos, sendo preciso, no entanto, que sejamos ousados e não nos amedrontemos com as dificuldades.

Reunida na redação de A Nova Democracia, toda a equipe se regozijou com a notícia e decidiu, por unanimidade, que o dinheiro fosse empregado em algum bem durável, como símbolo dessa bem sucedida e importantíssima experiência. E já se encontra na redação do jornal uma boa máquina fotográfica digital, devidamente chamada de "Comitê de Macaé".

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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