Camponeses da Baixada Maranhense prosseguem luta em defesa de suas terras

A luta dos camponeses maranhenses é contra o cercamento das terras públicas pelo latifúndio
A luta dos camponeses maranhenses é contra o cercamento das terras públicas pelo latifúndio
A luta dos camponeses maranhenses é contra o cercamento das terras públicas pelo latifúndio

Camponeses da Baixada Maranhense prosseguem luta em defesa de suas terras

Sob a consigna de O povo organizado luta e vence!, a luta pela terra na Baixada Maranhense torna-se cada vez maior. Os povos tradicionais que vivem na região (camponeses, indígenas, ribeirinhos, quilombolas) buscam a sua permanência e retomada dos campos inundáveis, território que vem sendo saqueado ao longo dos anos pelo latifúndio por meio das cercas impostas pelos senhores de terras, instrumentos no processo de grilagem. A região é composta por amplas porções de terras públicas ou devolutas onde, em conluio com o velho Estado, a prática da grilagem feita pelo latifúndio se perpetua.
Em meio à campanha de criminalização da luta e perseguição dos camponeses, prisões políticas foram decretadas e uma intensa e vitoriosa jornada de lutas liderada pelo Fóruns e Redes de Cidadania do Maranhão percorreu grande parte do ano 2019, visando a libertação dos presos políticos de Flávio Dino/PCdoB, governador do Maranhão que atua em benefício do latifúndio. Em janeiro de 2020, dois camponeses, Celino Fernandes e Wanderson Fernandes, pai e filho, foram assassinados dentro da sua residência por pistoleiros fortemente armados e disfarçados de policiais civis.

A luta dos camponeses maranhenses é contra o cercamento das terras públicas pelo latifúndio
Dois meses depois dos covardes assassinatos, os camponeses seguem demonstrando disposição e determinação para garantir suas terras e desenvolvem diversas ações como Plenárias Populares, a Ocupação do Fórum da Comarca de Anajatuba e o Encontro de Mulheres, em razão do 8 de março.
Uma das ações mais importantes foi realizada pelas comunidades quilombolas de Cedro e Taboa, no município de Arari. Os camponeses efetuaram um trabalho de levantamento a fim de provar que se trata de terra pública. O latifúndio, que, além de grilar as terras, ergue cercas elétricas e promove desmatamento, foi beneficiado em vários processos no Judiciário local e no Tribunal de Justiça, sob o argumento de que suas terras são particulares, expondo o caráter latifundista do velho Estado.

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