O direito do povo se rebelar
Gostaria de parabenizar o jornal A Nova Democracia pelo excelente trabalho que vem sendo feito, mostrando com clareza toda a verdade de um país, não se deixando intimidar com um governo que pelo visto só pensa em si mesmo. Assim sendo, sempre haverá protesto até que o povo seja visto como cidadão, como pessoa.
No entanto, enquanto isso não for possível sempre haverá A Nova Democracia para denunciar a podridão embaixo dos arquivos que não quer calar, que tenta se esquivar. O povo grita por reforma agrária, por melhorias na saúde e educação, por liberdade de expressão. Queremos um país melhor, um país justo no qual possamos dizer que somos brasileiros e nos orgulhamos disso.
A Nova Democracia , parabéns, estamos juntos nesta luta!!!!
Tiago Xarão
Mauá, SP
Epidemia a caminho
Amigos do Jornal A Nova Democracia: tenho acompanhado o corajoso trabalho deste jornal combativo a favor das causas populares. A publicação tem sido, em algumas ocasiões, material pedagógico para minhas aulas na UERJ.
Estou em contato com o Dr. Eraldo Bulhões, médico, especialista no diagnóstico e tratamento da dengue, diretor de comunicação do SINMED- RJ. Peço o apoio de vocês na divulgação de informações que ajudarão a salvar vidas no retorno da epidemia do Vírus H1N1, que começa acontecer. Sugiro uma matéria sobre o assunto. A população agradece.
Abraços.
Prof. André Brown
Rio de Janeiro
Indignação contra o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos
Todos que sofremos com a perda de pessoas tão queridas que lutaram por um novo país, em todos os tempos e particularmente os assassinados pelos gorilas do regime militar, não queremos migalhas como indenizações para calar a boca. Queremos justiça. O editorial do último número deste jornal denuncia de forma muito justa a capitulação dos que se reivindicaram tanto tempo de esquerda e se dobram e aceitam calados as exigências dos setores mais reacionários das classes dominantes deste país. Tortura, assassinato, execução sumária são coisas que acontecem todos os dias com os filhos do povo. Isto nunca deixou de acontecer. Poucos são os que ainda têm a coragem de desafiar esta política reacionária de criminalizar os lutadores do povo. Parabéns pelo trabalho do jornal. Aqui vão as palavras do grande artista Gonzaguinha, que expressam a revolta e o sentimento dos que não se abatem e acreditam na verdadeira justiça.
Achados e perdidos
Gonzaguinha
"Quem me dirá onde está aquele moço fulano de tal,
filho, marido, irmão, namorado, que não voltou mais
Insiste um anúncio nas folhas dos nossos jornais: achados, perdidos, morridos, saudade demais
Mas eu pergunto e a resposta é que ninguém sabe ninguém nunca viu
Só sei que não sei quão sumido ele foi, se é que ele sumiu
E quem souber algo acerca do seu paradeiro beco das liberdades estreitas e esquecidas,
uma pequena marginal dessa imensa Avenida Brasil
Memória de um tempo onde lutar por seu direito, é um defeito que mata
São tantas lutas inglórias, são histórias que a história qualquer dia contará
De obscuros personagens, as passagens, as coragens são sementes espalhadas neste chão
De Juvenais e de Raimundos, tantos Júlios de Santana, dessa crença num enorme coração
Dos humilhados e ofendidos, explorados e oprimidos que tentaram encontrar a solução
São cruzes, sem nomes, sem corpos, sem datas
Memória de um tempo em que lutar por seu direito é um defeito que mata
E tantos são os homens por debaixo das manchetes, são braços esquecidos que fizeram os heróis
São forças são suores que levantam as vedetes no teatro de revistas que é o pais de todos nós
São vozes que negaram liberdade concedida, pois ela é bem mais sangue, ela é bem mais vida
São vidas que alimentam nosso fogo da esperança
O grito da batalha quem espera nunca alcança
Êê quando o sol nascer é que eu quero ver quem se lembrará
Êê quando amanhecer é que eu quero ver quem recordará
Eu não posso esquecer essa legião que se entregou por um novo dia
Eu quero é cantar essa mão tão calejada que nos deu tanta alegria
E vamos a luta!”
Rodrigo Freitas
Salvador, BA