No dia 13 de novembro, às 5h30m, iniciou-se o despejo da área camponesa Novo Pindaré, apoiada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Pindaré-Mirim, no Maranhão. Os camponeses afirmam que um de seus companheiros foi ferido pela Polícia Militar e socorrido no local.
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Mesmo após covardia, camponeses reafirmam decisão de lutar
Segundo nota divulgada no portal do jornal Brasil de Fato, os camponeses ocuparam a área em setembro de 2016 com cerca de 100 famílias. Até agora o assentamento Novo Pindaré tinha uma pequena produção de subsistência, na qual, de acordo com o MST, “as famílias produzem cerca de 10 hectares de arroz, oito hectares de feijão e cerca de 110 hectares de mandiocas, além de criações de galinhas e de porcos”.
De acordo com o MST, a decisão pelo despejo, tomada pelo juiz da comarca de Pindaré-Mirim, favorece o latifundiário e suposto proprietário identificado como João Claudino Fernandes, do Grupo Claudino, que é proprietário das lojas Armazéns Paraíba, presentes em vários estados do Nordeste brasileiro.
Ainda segundo a nota do MST, “João Claudino responde a um processo na Justiça Federal de Teresina no Piauí por ocupação de terras públicas, mais conhecida como Área de Preservação Permanente (APP) às margens do Rio Parnaíba no Estado do Piaui”, ou seja, o latifundiário conta com um largo histórico de grilagem.
A reintegração de posse conta com Policiais Militares de diversos batalhões da região. Segundo o jornal Brasil de Fato “os agricultores fizeram vários pontos de barricada para atrasar o avanço dos policiais”. A PM, até agora, não se posicionou sobre as acusações de truculência feitas pelos camponeses.