Cumprimentos pelos 10 anos de AND

Cumprimentos pelos 10 anos de AND

Um dos aspectos mais preocupantes da nossa torturante contemporaneidade é o monopólio das informações circulantes, em mãos do capital vídeo-financeiro transnacional. Nós que sonhamos com uma nova democracia saudamos os 10 anos do jornal que leva esse nome e nossa utopia à frente. Vale a pena destacar a brava e competente cobertura que fazem sobre a questão criminal e o estado de polícia que tomou conta do Rio de Janeiro, na perspectiva crítica da ocupação militarizada de suas favelas e da pasteurização de nossa cidade para os megaeventos do capital desportivo. Viva A Nova Democracia!

Dra. Vera Malaguti
Rio de Janeiro

 

Caros amigos e companheiros do jornal A Nova Democracia,

Por motivos de saúde, não poderei estar fisicamente com vocês aí no Rio para a comemoração da primeira década de vida do nosso jornal. Mas gostaria que chegasse a todos, por meio do nosso editor Ricardo, meu desejo de uma bela festa e de vida longa a AND.

É motivo de orgulho para mim fazer parte da história destes dez anos  – escrevendo no jornal em cinco deles, como leitor nos outros cinco e também como advogado durante parte desse período.

Todos sabem o quanto é difícil, num país que vive sob o domínio avassalador de um oligopólio de comunicação controlado por meia dúzia de famílias, lançar e manter um jornal independente a um só tempo desse monopólio e de todos os demais a que ele se vincula. De todos os bons jornais independentes que um dia foram pensados no Brasil, poucos chegaram a ganhar existência real; dos que foram lançados, poucos sobreviveram mais que alguns números; dos que sobreviveram materialmente, poucos são os que resistiram à tentação do oportunismo  – tão nociva, nos últimos anos, quanto as pressões do poder econômico – e mantiveram-se firmes.

A Nova Democracia conseguiu tudo isso mantendo sua independência frente ao grande capital e ao governo da vez e honrando seus compromissos com os leitores e com os que trabalham no jornal.

Que esta década que recém se completa seja a primeira de muitas. Ainda que, muitas vezes, a voz de um jornal como AND seja abafada pelos monopólios e seus serviçais – nos últimos tempos, até mesmo com dificuldades na frente judicial, criadas por agentes do aparato repressivo com algumas cumplicidades togadas – , sua mera existência é um alento e um exemplo.

Em tempo, prometo que não faltarei à festa dos 20 anos.

Um forte abraço e até breve,

Henrique Júdice Magalhães
Porto Alegre

Caros companheiros:

Muito gostaria de estar aí convosco especialmente agora que se discute o “novo” futuro do jornal A Nova Democracia. Não foi coisa que não pensasse fazer. Pensei até que poderia aproveitar a minha presença na reunião do Conselho Editorial do AND para “esticar” o tempo e ficar para a RIO+20. Marquei até as passagens na TAP. Acontece, porém, que durante todo este ano de 2012 estou envolvido, para ser mais exato, “atolado até ao pescoço” em atos de homenagem a dois dos maiores nomes da música popular portuguesa, expoentes máximos da música de resistência à ditadura fascista, ambos amigos meus, José Afonso (Zeca) e Adriano Correia de Oliveira, prematuramente falecidos. O primeiro, José Afonso, dedicou-me uma das suas músicas, Alípio de Freitas, quando eu estava preso na Fortaleza de Santa Cruz-RJ (música que pode ser ouvida no You Tube). Por isso, neste ano de merecidas homenagens, que se definiu como “Amigos maiores que o pensamento”, tenho de estar em mil lugares ao mesmo tempo, de estar presente em atos que se realizam por todo o país, pois, sobretudo entre mim e o Zeca gerou-se  uma amizade que o tempo só tem aprofundado.

Como não possuo o dom da ubiquidade, optei por ficar aqui, mesmo assim sempre à espreita de um “qualquer ir e vir” para matar saudades.

Agora o AND. O nosso AND. Para nós, o AND, mesmo tendo consciência de que o não é, ele é o maior e melhor jornal do mundo. Nós sabemos, porém, que nenhum jornal é o melhor do mundo. Só um cínico ou um idiota poderia pensar assim. Isto significa que cada nova edição terá de ser melhor que a anterior. Haverá sempre coisas melhores. Um jornal como o AND é um desafio permanente à cultura, à inteligência, ao debate ideológico, à fidelidade, à verdade, à construção de uma nova sociedade. Cada nova edição do jornal AND é um novo questionamento, um passo coletivo em frente. O AND pode até um dia deixar de ser publicado, sair das bancas dos jornais. Pode sim. Mas tem de continuar na consciência coletiva, no pensar e no agir de todos os que o lerem e nele aprenderam. A história do pensamento político brasileiro confunde-se com o da imprensa alternativa. Aqueles que, como eu, vêm de lutas antigas, sabem-no muito bem. Muito, muito bem.

Repito que gostaria imensamente de estar aí convosco para desfrutar das novas e antigas amizades e sobretudo para aprender. Para aprender.

Aquele abraço

Alípio de Freitas
Portugal

Companheiros,

Agradeço muito o convite e gostaria muito de estar presente nesse importante momento. Infelizmente, devido á distância, não posso comparecer. Durante essa década de vida do jornal, sempre procurei contribuir como pude para o desenvolvimento desse veículo. Durante anos participei da construção do Comitê de Apoio ao Jornal AND de Belo Horizonte, e mesmo morando em Londres ainda me sinto parte desse comitê. Parabenizo todos os companheiros que durante esses 10 anos demonstram esforço e compromisso em manter vivo esse importante instrumento de propaganda. Em meio à essa conturbada crise econômica que a Europa está passando (leia-se crise do sistema capitalista), sempre tenho como ponto de referência e entendimento as ricas análises do jornal, que sempre apontam os fatos na perspectiva de vida dos povos e suas aspirações.

Desejo a todos os companheiros um ótimo debate nesses dois dias de celebração. São 10 anos de vida e sem dúvidas serão muito mais! Desejo seguir contribuindo para o jornal. Divulgando matérias e escrevendo artigos. Mesmo não estando no Brasil, me considero como um representante do jornal no exterior, e considero também que, junto com a minha companheira, somos um pequeno comitê de apoio ao jornal em Londres, pois estamos sempre debatendo o conteúdo do jornal e discutindo formas de como contribuir com o seu conteúdo.

Saudações de Nova Democracia!

Viva a Imprensa popular e Democrática!

Viva os 10 anos do Jornal A Nova Democracia!

Paulo Prudêncio
Inglaterra

 

Baluarte da imprensa livre e solidária, A Nova Democracia cumpre desassombradamente sua função informativa e conscientizadora das lutas e processos revolucionários que os meios de comunicação, comprometidos com o capitalismo, escamoteiam ou deturpam com chavões empregados para a alienação do leitor.

É um jornal fundamental para os que sonham e se empenham em construir uma sociedade democrática e socialista.

Professor Rubim Aquino
Rio de Janeiro

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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