De Hiroshima e Nagasaki à invasão do Iraque – Quando viver não faz sentido

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De Hiroshima e Nagasaki à invasão do Iraque – Quando viver não faz sentido

No mês de agosto completaram os 65 anos do arrasador ataque atômico desfechado pelo imperialismo ianque sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, que deixou 350 mil mortos. Isto sem contar os milhares de feridos e contaminados por radiação e seus descendentes que sofrem até hoje com as sequelas.

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Manifestações contra as agressões imperialistas em Washington DC
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Esta data de triste lembrança provocou no povo do USA uma avalanche de protestos em dezenas de grandes cidades (em especial Washington).

Esses protestos se repetem nos dias atuais e se multiplicam a cada nova agressão ianque contra os povos do mundo.

Marcando os 65 anos dos ataques atômicos contra Hiroshima e Nagasaki, milhões de pessoas de 44 cidades em 19 estados do USA marcharam protestando contra política rapace ianque e se dirigiram especialmente à Casa Branca, em Washington-DC com cartazes exigindo: ‘USA, Fora do Afeganistão e Iraque” e “Dinheiro para empregos, educação e saúde”. Foi a maior manifestação realizada desde a posse de Barack Obama. Esses protestos têm se tornado mais constantes e com maior número de participantes, principalmente os imigrantes mexicanos e os negros, incluindo veteranos de guerra e familiares dos jovens mortos no campo de batalha para defender tão somente os interesses espúrios do imperialismo ianque.

Após essa gigantesca marcha, milhares de veículos, entre eles ônibus, automóveis e caminhonetes desfilaram pelas ruas de Washington carregando caixões mortuários com as bandeiras do Afeganistão, Iraque, México, Somália, Iêmen, simbolizando o alto custo de vidas humanas das guerras de ocupação imperialista. Os caixões foram sendo deixados ao longo das ruas que vão da sede do jornal Washington Post ao prédio do Departamento de Assuntos dos Veteranos e outras instituições relacionadas com as guerras de invasão promovidas pelo USA. O último caixão foi propositadamente deixado em frente a Casa Branca, de onde partem as decisões destas guerras assassinas.

Recentemente Barack Obama prometeu reduzir os efetivos do Iraque de 70 para 50 mil homens até o final do mês de agosto, mas autorizou, já no dia seguinte, um aumento de 33 mil homens no Afeganistão, numa cruzada bélica que já custa para o contribuinte estadunidense quase 500 bilhões de dólares e consumiu com a vida de milhares de soldados.

O governo ianque e o alto comando do exército confessam publicamente ”não saber” o motivo dos 32 suicídios ocorridos em um único mês (junho) no Iraque (recorde desde a guerra do Vietnã), e que não tem ”explicação específica” para o fenômeno a não ser ”contínuo estresse”. O assunto é tão preocupante que o governo criou uma força-tarefa somente com a finalidade de tentar evitar o suicídio dentro das forças armadas.

No USA, os milhares de postos de recrutamento espalhados por todo país, através de uma propaganda massiva, convencem os jovens, na sua maioria ainda frequentando a escola, a entrar para o exército para ganhar um belo salário (principalmente por seu país estar com cerca de 50 milhões de desempregados), fazer uma promissora carreira e ainda se tornar um “Superman” como ele passou a infância vendo nas revistas de quadrinhos.

De repente, já em pleno combate, entre as ordens expressas de matar e a feroz resistência popular que espreita o invasor em toda parte, o jovem soldado cai na realidade e vê que jogou sua vida fora.

Daí para o suicídio é um passo.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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