Desemprego real atinge 27 milhões de pessoas

Desemprego real atinge 27 milhões de pessoas

O número de brasileiros que trabalham para empresas sem carteira assinada e sem seus direitos trabalhistas cresceu 4,5% (498 mil pessoas) em novembro de 2018. Já o desemprego real (chamada “subocupação”) soma ainda 27 milhões de desempregados. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“ Especialistas” do mercado comemoram o aumento no número de trabalhadores informais, pois isso seria o início do aquecimento do mercado e aumentaria a capacidade de consumo das famílias. No entanto, a pesquisa do IBGE atestou que a renda média do trabalhador brasileiro segue estagnada com relação ao mês de outubro, o que significa que o consumo segue no mesmo índice e o mercado não aquece.

Os trabalhadores informais empregados dentro de empresas chegam a somar 11,6 milhões de pessoas e, por serem privados dos seus direitos básicos trabalhistas, são submetidos a um nível ainda maior de superexploração, baixos salários e horas de trabalho exorbitantes, tudo para gerar lucro máximo para os monopólios. Dentro desse contexto, o consumo tende a não crescer significativamente.

Ao todo, são mais de 40 milhões o número de trabalhadores sem carteira assinada, englobando os que trabalham para empresas privadas, os que são “por conta própria”, camelôs e outros tipos. O número de trabalhadores subocupados, ou seja, que não trabalham mais que 40 horas semanais, também cresceu em 4,7%, chegando a 7 milhões. Enquanto isso, o desemprego real – que soma os desocupados, subocupados e “desalentados” –, no entanto, segue altíssimo: 27 milhões de brasileiros e brasileiras.

A situação dos trabalhadores, sob o novo governo, deve agravar-se, aproximando-se ainda mais da miséria e do trabalho mais embrutecedor. Segundo o novo gerente, Jair Bolsonaro, para a economia melhorar, as condições de trabalho “devem se aproximar da informalidade”, o que implica menos direitos, salários menores, enquanto seguem indo milhões de reais para as empreiteiras, agronegócio e transnacionais por meio de isenção fiscal, subsídios e todo tipo de benesses.

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