Lei antipovo tira de motoristas de vans o direito de trabalhar…
Uma lei antipovo aprovada pela câmara de vereadores de São Gonçalo coibiu o transporte feito por vans no município, deixando cerca de 500 motoristas proibidos de trabalhar. Depois da repressão a mais de mil trabalhadores que operavam os itinerários intermunicipais, motoristas que fazem o transporte em um único município tiveram o seu direito ao trabalho criminalizado pela gerência municipal, o que há tempos está na ordem do dia de Eduardo Paes para a cidade do Rio de Janeiro.
Por trás da lei, e a exemplo do que acontece na capital fluminense, percebe-se claramente a intenção da prefeitura de São Gonçalo em favorecer a máfia das empresas de ônibus, já convocada para abarrotar as ruas da cidade e suprir o buraco causado pela proibição à circulação das vans.
Em protesto, no dia 4 de outubro, o motorista e presidente da Cooperativa de Transporte Alternativo do Gradim e Pontal — Coopergral, Francisco Pereira, de 44 anos, se acorrentou ao próprio micro-ônibus. No dia seguinte, outros motoristas ocuparam o bairro Gradim, onde mora a prefeita Aparecida Panisset, para exigir a revogação da lei.
— Nós tínhamos garantias de que as vans regularizadas poderiam circular sem problemas. Muitos, como eu, compraram veículos novos e gastaram muito dinheiro para legalizá-los. Agora, o que vamos fazer? — pergunta Ferreira.