Em setembro e outubro, milhares de profissionais de saúde foram às ruas de todos os 27 estados do País para exigir a implementação do piso salarial, barrado pelo STF.

No Piauí, os manifestantes foram aplaudidos pelo povo quando interromperam o desfile da falsa independência do Brasil, no dia 7 de setembro. No Rio de Janeiro, milhares fizeram protestos em sucessivos dias, bloqueando diferentes vias próximas a um importante hospital privado, apesar da repressão policial.

Atualmente são mais de 2,5 milhões profissionais da área da saúde. Eles lutam há 30 anos pelo seu piso salarial e melhores condições de trabalho. Neste período, denunciaram os governos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro por promoverem o sucateamento, a terceirização e a privatização da saúde pública. Nos últimos quatro anos, os enfermeiros sofreram com as péssimas condições em que foram colocados para trabalhar durante a pandemia de Covid-19.

A aplicação do piso representa apenas 4,8% do faturamento dos planos de saúde privados. Durante a pandemia, os hospitais privados, que são contra a implementação do piso da categoria, aumentaram seus lucros em 20%.