Eleições na Espanha. Cartaz afirma: “Não nos representam”
Aconteceu em novembro mais uma farsa eleitoral na Espanha, desta vez com a especificidade de que os partidos eleitoreiros disputaram o direito de gerenciar o Estado espanhol afundado na “crise da dívida” e com o povo padecendo no desemprego.
Ganhou o “conservador” (eufemismo para fascista) Partido Popular (PP), cujo líder, Mariano Rajoy, será o novo primeiro-ministro do país. O PP vai gerenciar a Espanha em crise com maioria absoluta no parlamento graças à grande derrota que impôs aos “socialistas” do PSOE, que vinham governando o país, em uma farsa eleitoral à qual o povo respondeu com retumbantes 30% de abstenção.
O movimento dos indignados, que nos últimos meses protagonizou diversas manifestações de cunho antieleitoreiro por toda a Espanha, voltou a ridicularizar os grupos políticos que mais uma vez correram às urnas em busca de alguma legitimidade para avançar com suas políticas antipovo, com ações em comícios dos oportunistas e demagogos e de conscientização sobre o fato de que nem o PP nem o PSOE representam as aspirações das classes populares.
Porém, ao longo do processo eleitoreiro, alguns setores dos “indignados” foram reunindo propostas de governo que incluem a criação de um novo partido político para se candidatar em eleições futuras, o que significa que a intenção agora é participar do jogo sujo da “democracia” parlamentar burguesa, inclusive de seus sufrágios farsescos que servem apenas para iludir a população.