Estudantes da Unir em passeata pelas ruas de Rolim de Moura, RO
Na manhã de 24 de agosto, centenas de estudantes da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, do campus de Rolim de Moura, realizaram uma manifestação denunciando as péssimas condições de funcionamento dos cursos e a precariedade de infraestrutura.
Pelas ruas do centro de Rolim de Moura, com faixas, cartazes e palavras de ordem apresentavam à população uma pauta de denúncias e reivindicações extensa: falta de salas, arrocho salarial de professores, falta de laboratórios para aulas práticas, falta de professores para suprir as necessidades de cada curso, falta de acervo bibliográfico; despreparo e falta de infra-estrutura para alunos portadores de necessidades especiais; falta de carteiras para as salas já insuficientes, entre outras.
A manifestação teve apoio da maioria dos professores do campus que, atendendo à convocação de greve feita pelo ANDES-SN paralisaram as atividades da UNIR em Rolim de Moura desde o dia 23.
Os estudantes também denunciaram a execução de obras “cosméticas” no campus para cumprir demandas do Reuni* e a política de expansão levada a cabo pela universidade, taxada de “irresponsável” pelos estudantes de Pedagogia, História, Medicina Veterinária, Agronomia e Engenharia Florestal presentes no protesto
*O Reuni foi instituído via decreto n° 6096/2007 e prevê — com um aumento de verbas que não passa de 10% ou 20% das atuais — que os órgãos superiores das IFES devem se comprometer com uma expansão de 100% no número de ingressantes e de 200% no número de matrículas. Tais números estão escondidos por trás da “meta global”, anunciada logo no § 1º do art. 1º do Decreto no 6.096, de 24 de abril de 2007, que institui o Reuni: “elevar, num prazo de 5 anos, a taxa média de conclusão dos cursos presenciais de graduação para 90% e a relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professores para 18” [fonte: Andes – As novas faces da reforma universitária, de agosto de 2007].