O dia 17 de fevereiro foi marcado por manifestações contra o aumento das passagens de ônibus e pelo passe livre. Milhares de estudantes foram às ruas no Dia Nacional de Luta Contra os Aumentos das Passagens. Em São Paulo e Porto Velho – RO, houve confrontos com a Polícia Militar.
Em São Paulo, PM usa truculência na repressão aos manifestantes
Em São Paulo, desde o dia 5 de janeiro a tarifa do ônibus foi aumentada de R$ 2,70 para R$ 3,00. No dia 17 de fevereiro, centenas de estudantes foram para a porta da prefeitura protestar contra aumento da tarifa que é a mais cara do país.
A polícia reprimiu com brutalidade o protesto estudantil. Pelo menos dez pessoas ficaram feridas durante o confronto entre os manifestantes e a tropa de choque da PM e a Guarda Civil Metropolitana. Os estudantes responderam de forma vigorosa às balas de borracha e as bombas de gás de pimenta.
O servidor público municipal Vinícius Figueira, 25 anos, foi covardemente espancado por PMs. Ele teve que passar por uma cirurgia devido à fratura no nariz provocada pelas agressões. A sua família afirmou que ele ficou com o corpo todo machucado pelos chutes e socos recebidos pelos policiais. ‘Ele está com o rosto todo desfigurado’, disse Vanessa Faro Chaves, esposa de Vinícius.
Seis manifestantes se acorrentaram às catracas do hall de entrada da prefeitura por 10 horas seguidas em protesto. O Movimento Passe Livre (MPL) de São Paulo anunciou que irá continuar com os protestos até a redução das passagens e a conquista do passe livre para todos os estudantes.
Rondônia
Estudantes quebram “busão” em protesto
Em Rondônia, estudantes apedrejaram ônibus durante o protesto
Em Porto Velho, Rondônia, estudantes universitários e secundaristas de várias escolas organizaram o protesto contra o aumento da tarifa de ônibus na capital.
A passeata, apelidada de ‘Porrada no Busão’, percorreu as avenidas Farquar e Sete de Setembro. Durante a manifestação, os estudantes enfrentaram a repressão policial e lançaram pedras contra o prédio da prefeitura e ônibus. O protesto foi convocado pelo Comando de Lutas em Defesa dos Direitos do Povo — CLDP, organização que reúne estudantes secundaristas e universitários de Porto Velho, e também por ativistas do Movimento Estudantil Popular Revolucionário — MEPR.
Em nota, os organizadores do ato responderam: “Não somos criminosos! Somos estudantes e trabalhadores e continuaremos lutando com todas as forças até garantir nossos direitos. A atitude da juventude presente na manifestação se justifica e é legítima, o povo tem o direito de se rebelar, a radicalização da luta é reflexo do grau de exploração e revolta da população contra a violência sofrida diariamente ao utilizar o transporte público de Porto Velho”.
Em Belo Horizonte, Porto Alegre e outras capitais do país, milhares de estudantes também foram as ruas para impedir mais esse crime contra a população.