Cerca de 150 alunos da Universidade Estadual Paulista — Unesp — invadiram o prédio da Reitoria da Instituição, no último dia 14 de agosto, interrompendo uma reunião do Conselho Universitário em que seria aprovado um plano de expansão da Universidade, criando oito novos Campi, além dos 16 já existentes.
A Unesp atravessa uma grave crise financeira resultando numa escasa quantidade de professores e material de ensino. A Administração Central da instituição não aceitou a participação dos estudantes que subiram até o 17º andar — onde estava a cúpula universitária — e, depois de muito reivindicar a participação democrática no Conselho — direito elementar em qualquer instituição de ensino — os discentes invadiram a sala, os discentes impediram mais um ato de destruição e uso indevido da Unesp.
Na USP
Numa assembléia que contou com mais de 1000 alunos da FFLCH da Universidade de São Paulo — USP — foi decidido o fim da greve que durou nada menos do que 106 dias. A paralisação, decretada pelos estudantes, foi a resposta mais direta e contundente à crise vivida pela maior faculdade da USP, que conta com 12 mil alunos e representa 20% de toda a universidade. Conforme levantamento, há uma defasagem de 259 professores. A maior faculdade da USP tem uma relação professores/alunos de 1 para 35, enquanto as outras tem, em média, 1 para 14.