Ex-militante do ETA é preso no Rio

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Ex-militante do ETA é preso no Rio

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Após informação do governo espanhol, PF prende Joseba

A Polícia Federal prendeu no Rio de Janeiro, Joseba Gotzon Vizán González, 53 anos, acusado de ser integrante de um grupo armado do ETA (Euskadi Ta Askatasuna – Pátria Basca e Liberdade), organização que ficou mundialmente conhecida por empunhar as armas durante décadas pela causa justa da libertação do povo basco do jugo do Estado espanhol. A informação foi confirmada pelo Ministério do Interior da Espanha no último dia 18 de janeiro.

As “autoridades” do Estado fascista espanhol afirmam que Joseba vivia no Brasil clandestinamente desde que saiu de seu país de origem após o desmantelamento do comando Vizcaya do ETA, em 1991. A prisão ocorreu em cumprimento de uma ordem de prisão internacional emitida pela Audiência Nacional espanhola por “crime de atentado terrorista contra a autoridade”.

Fontes oficiais ainda alegam que, em 14 de janeiro de 1988, Joseba participou de um ataque a bomba contra um agente de polícia. Neste mesmo ano, em 13 de abril, teria ajudado militantes do comando Vizcaya em uma tentativa mal sucedida de ataque com lançamento de granadas contra uma delegacia de polícia em Basauri, sua região natal.

Atualmente, ele vivia na zona Sul do Rio, com a mulher e o filho, e trabalhava como professor de espanhol e tradutor. Segundo fontes oficiais, ele vivia no país com documentos falsos e, por isso, também vai responder pelo crime de uso de documento público falso. Seu caso ainda está sendo investigado.

Devido a essas acusações e por sua suposta vinculação ao ETA, ele está sendo chamado de “terrorista” pelo monopólio internacional da imprensa, este mesmo monopólio que fez (e faz) questão de não noticiar e de não dar destaques para os crimes que foram cometidos pelo Estado espanhol ao longo das décadas contra o povo basco. Não só os ativistas do ETA, mas também os trabalhadores de toda a Espanha (assim como os operários das Astúrias que realizaram combativa greve no ano passado) foram tachados de “terroristas” por essa imprensa vendida.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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