Falta de expectativas e opções

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Falta de expectativas e opções

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Vivemos uma hora de desencantos.

Basta um pingo de bom senso para ao menos entreabrir os envoltórios em que as propagandas escondem as realidades, para aflorar o quanto estamos sem expectativas e opções.

Há os desencantos das muitas promessas quase sempre realizadas apenas em propagandas, mas podemos observar a realidade:

As máquinas tomando os postos de trabalho, a mecanização enxotando os trabalhadores até dos empregos ruins, sacrificados, porém sem apresentar alternativas de sobrevivência. Vão todos para o desespero nas periferias das cidades. Como criar os filhos com dignidade? Se não há o “di cume”, há violência.

Que luta sobreviver com a conta de energia mais cara do mundo; escolas sem professores, com alunos aprovados “S-P” (oficialmente aprovado sem professor); o Sistema Único de Saúde dividido em frações criadas para o interesse político: as importações crescem e engolem os empregos dos brasileiros. Isenções para os estranhos e impostos para nós; água, o bem essencial à vida, explorada com corrupção, tarifas elevadas e exclusão por concessões para estrangeiros. Os principais minérios exportados são vendidos, uma tonelada, a preços menores do que um décimo do preço da banana e com isenção de impostos. As estradas de ferro, sem integração, apenas transportam passageiros urbanos. Portos privatizados sem navios brasileiros e desempregando os nossos marinheiros. Extrema falta de atenção com as nossas faculdades e a pesquisa nacional. Somos invadidos culturalmente e não defendem a nossa língua e a nossa cultura. Somos distraídos com futebol, bunda, TV e uma avalanche de futilidades e até imbecilidades nos nossos meios de comunicação.

Nessas circunstâncias, eleição não serve para discutir a melhor gestão para o nosso país. Tudo está resumido na propaganda para empalmar o governo e não se consegue perceber linhas de idealismo e construção de soluções. Há apenas repetições ao infinito de frases motes. Propaganda.

É uma tristeza triste, um desencanto, o perceber a realidade encoberta pela propaganda e não encontrar expectativas ou opções que se possam endossar com alma. Propaganda só induz consumo e cria a “moda” de votar no “artista” mais propagado.

Ao longo das últimas duas décadas, o jornal A Nova Democracia tem se sustentado nos leitores operários, camponeses, estudantes e na intelectualidade progressista. Assim tem mantido inalterada sua linha editorial radicalmente antagônica à imprensa reacionária e vendida aos interesses das classes dominantes e do imperialismo.
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